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Luto no forró: morre aos 75 anos o cantor e compositor Biliu de Campina, ícone da música paraibana e nordestina

Aos 75 anos, Biliu faleceu no Hospital de Trauma de Campina Grande, onde estava internado desde o último dia 24 de junho.

08/07/2024 às 16h24 Atualizada em 08/07/2024 às 23h22
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online com g1 PB
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Na tarde desta segunda-feira, dia 8 de julho, o cenário musical nordestino perdeu um de seus ícones mais queridos: Severino Xavier de Souza, mais conhecido como Biliu de Campina. Aos 75 anos, Biliu faleceu no Hospital de Trauma de Campina Grande, onde estava internado desde o último dia 24 de junho.

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O cantor estava internado em virtude de uma queda que provocou um sangramento na cabeça. A situação de Biliu se agravou e ele precisou ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Pela idade avançada e uma condição de comorbidades, como hipertensão e diabetes, ele apresentou dificuldades para respirar e ficou entubado na UTI. A informação da morte de Biliu foi confirmada pela produção do artista.

Nascido em 1º de março de 1949, Biliu não apenas se destacou como compositor e cantor, mas também foi um renomado advogado, formado pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Sua trajetória artística começou em 1978, quando decidiu trocar a advocacia pela música, dedicando-se ao resgate do forró de raiz e se autointitulando como "o maior carrego de Campina Grande".

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Durante sua carreira, Biliu de Campina lançou diversos trabalhos independentes que marcaram época, incluindo os álbuns "Tributo a Jackson e Rosil", "Forró o Ano Inteiro", "Matéria Paga", "Do Jeito que o Diabo Gosta" e "Forrobodologia". Em 2002, demonstrando seu humor característico, lançou o projeto "Diga Sim a Biliu de Campina", uma resposta criativa à campanha nacional de combate à pirataria.

O falecimento de Biliu de Campina representa não apenas uma perda para a música nordestina, mas também um momento de reverência à sua contribuição singular para a preservação e celebração das raízes culturais da região. Seu legado permanecerá vivo através de suas músicas, que continuarão a encantar e inspirar gerações.

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O corpo de Biliu de Campina será velado na cidade de Campina Grande, onde familiares, amigos e fãs poderão prestar suas últimas homenagens a esse grande artista e defensor da cultura nordestina. A data e o local do velório serão anunciados pela família em breve.

Forrozeiro Nato

O forró de Biliu tem toda a essência dos forrós tradicionais, com um swing característico dos discípulos de Jackson do Pandeiro. Na sua história em Campina Grande, Biliu fez de tudo um pouco no meio da música, chegando a ser puxador de samba nos carnavais da Rainha da Borborema. Mas o que o artista fez por muitos anos foi subir no palco do Maior São João do Mundo, no Parque do Povo.

Carreira Artística

Biliu teve sua primeira composição gravada em 1984, "A Grande Herança", por Messias Holanda e criou a banda "Os ETs do Forró". Em seus três primeiros discos, incluiu, além de suas composições, outras já consagradas, como "O canto da ema", de João do Vale, Aires Viana e Alventino Cavalcanti, e "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti. Gravou também "Galo I (trupizupe)" e Galo II (embalo geral) músicas do bloco Galo de Campina, com arranjos do maestro Gabymar Cavalcanti.

Em 1989, participou com Gilberto Gil de show realizado no Parque do Povo, em Campina Grande, no lançamento do movimento político-ecológico "Onda Azul" e que também serviu como homenagem aos 70 anos de Jackson do Pandeiro. Em 1999, foi homenageado durante o Forró Fest.

Foi essa mistura de ritmos, humor e tradição que levou o artista a ser homenageado com o troféu Ícone da Cultura do projeto Sesi Forró na empresa 2008. De lá pra cá, Biliu esteve presente em quase todas as edições do Maior São João do Mundo em Campina Grande.

No dia 30 de março de 2022, Biliu de Campina e outros artistas da região foram reconhecidos pelo estado como os novos mestres das artes, pela Lei Canhoto da Paraíba.

Estado de saúde debilitado

Em 2022, Biliu ficou internado no Hospital Municipal Pedro I, em Campina Grande, com um quadro de congestão pulmonar e precisou fazer sessões de diálise. Em julho do mesmo ano, ele deu entrada novamente em uma UPA da cidade e foi transferido para o Hospital Municipal Dr. Edgley, com edema agudo hipertensivo provocado por uma hipervolemia, que é o excesso de líquido nos pulmões em função de uma doença renal crônica. Após a recuperação, deixou o hospital no dia 6 de julho.

A última aparição de Biliu foi em 29 de março de 2023, durante um evento particular em Campina Grande, em que ele era o homenageado. Em 30 de março, o cantor procurou uma unidade hospitalar com um pico hipertensivo, pressão arterial, pressão alta, dificuldade na fala e outros sintomas difusos, o que levantou suspeita de AVC.

Por Patos Online
Com g1 PB

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