Ao menos 11 entidades do mercado financeiro e de capitais cobraram, em carta, uma ação conjunta com o governo federal e a sociedade civil contra as queimadas nesta terça-feira (15). A nota, assinada também pela Bolsa de Valores do Brasil, a B3, cobra a adoção de princípios de governança climática pelas empresas e a criação da autoridade do clima.
“É um caminho para a criação de uma economia mais sustentável e resiliente, capaz de enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e preservar o patrimônio ambiental brasileiro”, diz trecho da carta.
As entidades propõem a aprovação da autoridade climática, principal meta da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, mas a proposta foi adiada para 2025.
Outra alternativa, conforme o documento, também seria a implementação dos oito princípios de governança climática do Fórum Econômico Mundial.
“O enfrentamento das queimadas exige uma atuação conjunta entre governo, setor privado e sociedade civil, pautada pela responsabilidade, transparência e engajamento ativo de todas as partes interessadas”, diz o documento.
As queimadas foram intensificadas neste ano devido à seca severa, em setembro. Isso gerou alertas em quase 60% do território brasileiro, com risco de incêndios. A fumaça se alastrou dos principais biomas em chamas, como Amazônia, Pantanal e Cerrado, e se espalhou pelo país por dias, até chegar aos países vizinhos, como a Argentina.
Segundo o MapBiomas, a área total queimada no país foi 150% maior do que a registrada no ano passado.
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) assina a carta, assim como a B3, CDP Latin America, Chapter Zero Brazil, CBARI (Comissão Brasileira de Acompanhamento do Relato Integrado), IBDEE (Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial), Ibrademp (Instituto Brasileiro de Direito Empresarial), IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), ICS (Instituto Clima e Sociedade) e Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social.
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