A Operação Carro-Pipa, essencial para o abastecimento de água potável em cidades do Nordeste, principalmente das zonas rurais, foi suspensa a partir desta segunda-feira (25), na Paraíba, devido à falta de recursos financeiros. A paralisação compromete o atendimento a 159 municípios paraibanos, impactando cerca de 270 mil habitantes, de acordo com a Associação da Federação dos Municípios da Paraíba (Famup).
O Primeiro Grupamento de Engenharia do Exército, com sede em João Pessoa, confirmou a interrupção e comunicou a decisão aos coordenadores da Defesa Civil. A medida afetará inicialmente os serviços prestados por pipeiros pessoa física, deixando mais de 140 mil pessoas sem abastecimento. As atividades realizadas por empresas deverão continuar somente até o dia 2 de dezembro.
A suspensão agrava a situação de comunidades que dependem exclusivamente da Operação Carro-Pipa para garantir o acesso à água potável, principalmente em áreas mais remotas do Cariri e Sertão paraibano.
Em resposta à crise, o presidente da Famup, George Coelho, afirmou que buscará apoio da bancada federal paraibana na tentativa de desbloquear os recursos necessários para a continuidade do programa. “Água é vida, e essas pessoas não podem ficar desassistidas”, destacou Coelho.
O Exército Brasileiro, responsável pela execução da operação, divulgou nota informando que está em diálogo permanente com os órgãos governamentais para evitar a interrupção completa do serviço.
Criada há 26 anos, a Operação Carro-Pipa é um programa emergencial de distribuição de água potável que atende populações em regiões atingidas pela seca. Na Paraíba, quase 273 mil pessoas dependem do serviço para consumo humano. A operação é resultado de uma parceria entre os Ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional e o Ministério da Defesa, sendo executada pelo Exército.
Com a crise hídrica ainda presente no Nordeste, a suspensão da operação levanta preocupações sobre os impactos humanitários e a falta de alternativas para atender às comunidades afetadas. Enquanto isso, moradores das regiões atingidas enfrentam incertezas e esperam por uma solução rápida para o problema.
Por Felipe Vilar - Patos Online
Com informações do g1 PB
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