Novos dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que 74,9% da população paraibana vive em casa própria, o que representa 2,97 milhões de pessoas entre os 3,96 milhões de habitantes em domicílios particulares permanentes ocupados (DPPOs) no estado.
O índice coloca a Paraíba como o 9º estado do Brasil com maior proporção de moradores em casa própria e o 4º no Nordeste, atrás de Maranhão (84,0%), Piauí (83,9%) e Bahia (79,7%). Embora o indicador tenha superado a média nacional (72,7%), ele ficou abaixo da média da região Nordeste (77,3%).
O levantamento mostrou estabilidade no percentual geral em relação ao Censo de 2010, que também registrou 74,9%. No entanto, houve mudanças significativas na composição desse grupo:
O número de pessoas vivendo em casas alugadas cresceu consideravelmente. Atualmente, 19% da população paraibana (752.523 pessoas) reside em 277.844 domicílios alugados, representando um aumento de 3,4 pontos percentuais em relação a 2010.
Embora a Paraíba tenha a 11ª menor taxa de moradores em casas alugadas do país, o índice ficou acima da média regional (16,8%) e abaixo da média nacional (20,9%).
Cerca de 5,5% da população (217.953 pessoas) vive em casas cedidas ou emprestadas, uma queda significativa em relação a 2010, quando esse índice era de 8,9%.
De acordo com o Censo, as cidades com as cinco maiores quantidades de pessoas morando em casas próprias são Joca Claudino (94,4%), São José de Princesa (94,3%), Barra de Santana (94,2%), Marcação (94,1%) e Areia de Baraúnas (93,2%).
Enquanto isso, as cinco menores foram apuradas em Patos (59,5%), Coremas (60,7%), Pombal (63,8%), Itaporanga (64,4%) e Santa Teresinha (65,1%).
As duas maiores cidades da Paraíba, João Pessoa (68,8%) e Campina Grande (73,3%) ocupam a 13ª e a 39ª piores posições do ranking, respectivamente.
Em todas as cidades da Paraíba, mais da metade da população local moram em casas próprias sem financiamento pendente, com exceção de Patos, que verificou um percentual de 49,8%.
Já as cidades com os maiores níveis desse indicador são a capital João Pessoa (18,5%), Santa Rita (18,3%) e Campina Grande (15,8%), sendo inexistente em 13 dos 223 municípios do estado.
Em relação aos moradores em casas alugadas, os cinco maiores índices se encontram em Patos (34,7%), Coremas (32,6%), Cajazeiras e Itaporanga (28,2%), Pombal (28%) e João Pessoa (26,7%), enquanto os menores foram verificados em São José de Princesa (0,8%), Barra de Santana (2,8%), Gado Bravo (3%), Curral de Cima (3,2%) e Joca Claudino (3,9%). No ranking, Campina Grande apresentou o 18º maior percentual (21,8%).
O percentual mais alto de moradores em casas classificadas como “cedido ou emprestado” foi apurado em São José de Espinharas (21,4%), Santa Teresinha (16,5%) e Quixaba (15,5%). Já os menores percentuais foram vistos em Joca Claudino (1,8%), Areia de Baraúnas (1,7%) e Marcação (1,4%).
Outro dado revelado pelo Censo foi a ausência de máquina de lavar roupa em 59% das casas paraibanas, um percentual acima da média nacional (31,9%), mas abaixo da média do Nordeste (62,9%).
O analista Bruno Mandelli destacou o impacto dessa ausência, especialmente para as mulheres, que geralmente assumem essa tarefa doméstica. Ele também ressaltou a expansão de 31,9 pontos percentuais na posse do equipamento entre 2000 e 2022, refletindo melhorias nas condições de vida ao longo das últimas décadas.
Por Patos Online
Com ClickPB e IBGE
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