A oposição no Senado e na Câmara dos Deputados articula a criação de CPIs para investigar a crise financeira e suspeitas de má gestão nos Correios. O senador Márcio Bittar (União Brasil-AC) já coletou as 28 assinaturas necessárias para instalar a CPI no Senado, enquanto, na Câmara, a oposição tenta reunir 171 assinaturas para viabilizar a investigação.
A CPI do Senado pretende focar em quatro pontos: irregularidades na gestão financeira e administrativa, impactos operacionais nos serviços prestados, interferências políticas na estatal e problemas no fundo previdenciário dos Correios.
A estatal, atualmente sob comando do advogado Fabiano Silva dos Santos, registrou um déficit de R$ 3,2 bilhões em 2024, o maior de sua história.
Assinaram o pedido os senadores Rogério Marinho (PL-RN), Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos Rogério (PL-RO), Chico Rodrigues (PSB-RR), Jaime Bagattoli (PL-RO), Ciro Nogueira (PP-PI), Cleitinho (Republicanos-MG), Plínio Valério (PSDB-AM), Magno Malta (PL-ES), Damares Alves (Republicanos-DF), Jorge Seif (PL-SC), Dr. Hiran (PP-RR), Eduardo Gomes (PL-TO), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Lucas Barreto (PSD-AP), Marcos Pontes (PL-SP), Zequinha Marinho (Podemos-PA), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Wilder Morais (PL-GO), Tereza Cristina (PP-MS), Carlos Portinho (PL-RJ), Esperidião Amin (PP-SC), Styvenson Valentim (PSDB-RN), Wellington Fagundes (PL-MT), Izalci Lucas (PL-DF) e Soraya Thronicke (União Brasil-MS).
Na Câmara, o pedido de CPI foi protocolado pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que argumenta ser essencial apurar as causas do rombo financeiro, além de investigar possíveis desvios de recursos e fraudes contratuais.
O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) também acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar uma possível responsabilidade do presidente Lula na crise, sugerindo que o governo pode ter sido omisso na supervisão da estatal.
Outro parlamentar, Carlos Jordy (PL-RJ), apresentou um requerimento de informação ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho, cobrando transparência na gestão dos Correios.
A crise se agravou com atrasos no pagamento de funcionários, especialmente em São Paulo, levando o sindicato da categoria a exigir explicações da direção da empresa.
A oposição sustenta que os Correios têm sido mal administrados e que a estatal, protegida por monopólio, não deveria apresentar prejuízos dessa magnitude.
Fonte - O Antagonista
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