No início da noite desta terça-feira (18), a polícia efetuou a prisão do casal Giselda da Silva Andrade, de 30 anos, e Antonio Lopes Severo, conhecido como "Frajola", de 42 anos, na zona rural de Carnaíba, no Sertão de Pernambuco. O casal era procurado pelo assassinato do pequeno Arthur Ramos do Nascimento, de apenas 2 anos e 11 meses, ocorrido no último domingo (16).
A captura foi realizada por equipes do 23º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BEPI). Segundo informações policiais, desde a tarde os agentes monitoravam a movimentação dos suspeitos na região, distante cerca de 40 quilômetros de Tabira-PE. A localização de Frajola foi dificultada pelo fato de ele raramente utilizar o celular para chamadas, mas o setor de inteligência conseguiu rastrear o aparelho e localizá-los.
Após a prisão, os dois foram encaminhados para a Delegacia de Tabira, onde uma multidão revoltada aguardava a chegada da dupla. No momento em que a viatura se aproximava, Antônio Lopes Severo foi arrancado à força do veículo e brutalmente linchado por populares antes mesmo de ser levado para dentro da delegacia. Ele foi espancado com socos, chutes e diversos golpes, e conforme relatos, não resistiu aos ferimentos e morreu, apesar de ainda ter sido levado ao Hospital Dr. Luiz José da Silva Neto, em Tabira. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento do ataque e o indivíduo caído com sinais evidentes de traumatismo craniano.
Já Giselda da Silva Andrade, que estava em outra viatura, conseguiu ser retirada do local antes que também fosse atacada pela população. Ela foi encaminhada para a delegacia, onde deve prestar depoimento sobre o crime e sua possível participação no assassinato de Arthur. A polícia não divulgou se ela permanecerá detida em Tabira ou será transferida para outra unidade.
O crime que chocou a população ainda está sendo investigado. De acordo com as autoridades, o casal já possui passagens pela polícia por crimes como tráfico de drogas e homicídio. Diante das evidências e da gravidade do caso, a polícia solicitou a prisão preventiva dos suspeitos, que foi deferida após parecer favorável do Ministério Público.
A solicitação da prisão preventiva foi baseada em evidências médicas que indicam múltiplas lesões e sinais claros de violência, além de testemunhos que apontam um histórico de maus-tratos e agressões contra a vítima. O promotor de Justiça Rennan Fernandes de Souza destacou a necessidade de celeridade na investigação para que o caso não fique impune e para que os autores sejam levados à Justiça.
Segundo relatos, Antonio e Giselda eram responsáveis pela criança na ausência da mãe, que trabalha viajando e estava fora da cidade há cerca de dois meses. O pai do garoto, Lucas Ribeiro, faleceu há dois anos.
Arthur completaria 3 anos em março.
Por Patos Online
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