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MUNDO: Hamas torturou e matou líder palestino de protestos; família pede apoio

“Pedimos que instituições de direitos humanos apoiem o povo de Gaza contra esses criminosos”

30/03/2025 às 13h00 Atualizada em 30/03/2025 às 23h41
Por: Marcos Oliveira Fonte: O Antagonista
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Odai Naser Saadi - Imagem: Redes Sociais
Odai Naser Saadi - Imagem: Redes Sociais

Terroristas do Hamas sequestraram, torturaram por quatro horas e executaram o palestino Odai Naser Saadi, de 22 anos, um dos líderes da onda de protestos da semana passada contra o grupo que governa a Faixa de Gaza desde 2007 e que pauta boa parte da imprensa ocidental diante das reações de Israel a seus ataques.

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O corpo da vítima foi deixado neste fim de semana na frente da casa de seus familiares, que foram filmados em seu enterro relatando o ocorrido, defendendo punição dos assassinos da ala Al-Qassam do Hamas e pedindo “que instituições de direitos humanos apoiem o povo de Gaza contra esses criminosos”. Os vídeos circulam no X, onde ativistas pró-Hamas chamam os manifestantes de “traidores”.

O Antagonista traduz o trecho de um dos discursos em árabe, feito em nome da família de Odai Naser Saadi:

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“O Mensageiro de Allah disse no hadith Qudsi [categoria especial de Hadith, o compêndio de ditos atribuídos ao profeta islâmico Maomé] sobre o Senhor da Glória: Ó servos, proibi a injustiça a mim e entre vocês, então não sejam injustos.

O Profeta disse: seu sangue, riqueza e honra são sagrados como este dia neste mês neste país.

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Um grupo desonesto sequestrou Uday Al-Rubai, torturando-o até a morte, sem respeito por sua família. Pegaram-no à traição, mataram-no e fizeram-lhe mal. Devemos punir severamente esses criminosos que mataram injustamente esse muçulmano.

O Profeta disse: destruir a Caaba [edifício no centro da Mesquita Sagrada, situada na cidade de Meca, na Arábia Saudita; local mais importante do Islã, considerado pelos muçulmanos como Bayt Allah, a ‘Casa de Deus’] é menos grave que derramar sangue muçulmano injustamente.

E que haja retribuição aos assassinos. Só haverá consolo quando nos vingarmos desses assassinos injustos, mesmo que demore. Pedimos a Allah que os castigue severamente e responda ao povo criminoso.

E Tu, nosso Senhor, és suficiente para nós e o melhor protetor. Este é Uday Haki. Jejuou no Ramadã, orou e leu o Alcorão, mas o mataram traiçoeiramente. Allah nos basta. Ele é o melhor protetor contra os opressores.

Pedimos que instituições de direitos humanos apoiem o povo de Gaza contra esses criminosos.

Que Allah o perdoe, tenha misericórdia e lhe dê um bom lugar no Paraíso. Amém. Que Ele se vingue rapidamente de quem o feriu. Amém.

Ó Allah, vingue-se. Castigue-os com o pior tormento. Ó Senhor, eles o mataram e oprimiram injustamente. Ó Allah, ele está sob Tua proteção. Dê-lhe um bom lugar no Paraíso. Que esteja com o Profeta, os verdadeiros, os mártires e os justos.

Não aceitamos condolências até que a justiça seja feita. Allah guie-nos.

Que a paz, misericórdia e bênçãos de Allah estejam convosco.”

Hisham al-Barawi, outro palestino que liderou os protestos da semana passada, foi encontrado morto em sua casa na manhã deste domingo, 30, após ter recebido uma visita do Hamas. Terroristas da ala Al-Qassam o ameaçaram e agrediram na frente de sua família, de acordo com relatos locais.

Ativistas pró-Hamas dão a entender no X que a “pena de morte” já foi aplicada contra sete “traidores” ligados às manifestações.

Dias atrás, Hisham al-Barawi havia dito que “é impossível viver sob o governo do Hamas” e que “todos os dias faremos manifestações até que o Hamas atenda nossos pedidos”.

“O Hamas governou Gaza por 18 anos, e o que eles fizeram governando Gaza? A cada 3 anos, guerras e mortes… Gaza foi destruída, por quanto tempo viveremos com essa injustiça? Todos devem nos ouvir”, conclamou ele.

A conta oficial de Israel publicou o seguinte comentário sobre o caso de Odai Naser Saadi, repercutido pela imprensa israelense:

“O Hamas não aterroriza apenas os israelenses, mas também brutaliza os palestinos.

Um palestino de 22 anos que ousou protestar foi sequestrado, torturado e executado por seus terroristas. Sua família agora vive com medo.

O reinado brutal do Hamas em Gaza deve acabar.”

O Hamas também deteve fotógrafos que cobriram os protestos da semana passada e policiais que se recusaram a reprimi-los. Os protestos foram realizados por quatro dias seguidos e se tornaram os maiores desde o movimento “Queremos Viver” de 2019, que também resultou em resposta brutal do grupo terrorista.

Um homem de Gaza que agora vive na Turquia, e que publicou a maioria das imagens das manifestações, disse recentemente que altos funcionários do Hamas também o ameaçaram em razão de suas atividades.

O grupo terrorista alegou na quinta-feira, 27, que os protestos foram contra Israel e não contra o Hamas, apesar de relatos, entrevistas e imagens em sentido contrário.

“Queremos que o Hamas saia de Gaza e que os reféns israelenses retornem para suas casas. Nós, civis de Gaza, assim como os 59 israelenses, somos todos reféns do Hamas. Apelamos a Israel para não nos punir pelas ações do Hamas, não somos todos apoiadores do Hamas”, disse “Khaled”, um manifestante ouvido pela repórter Venetia Menzies, do jornal americano The Sunday Times.

De acordo com a emissora pública Kan, em parte por desejo de esvaziar as manifestações, alguns membros seniores do Hamas mostraram vontade de libertar um pequeno número de reféns para garantir uma trégua durante o feriado de desjejum conhecido como Eid al-Fitr, festa realizada para comemorar o fim do Ramadã, que começa na noite deste domingo.

O Hamas quer reprimir todos os participantes dos protestos, mas não pode atuar ostensivamente devido à retomada das operações de Israel em Gaza, já que as Forças de Defesa israelenses alvejam os terroristas que detectam, de acordo com o relatório.

Israel retomou as operações em Gaza em 18 de março, duas semanas após o fim do cessar-fogo. A primeira fase do acordo, que resultou na libertação de 33 reféns israelenses em troca de 1.900 prisioneiros palestinos, havia durado 42 dias e expirado em 2 de março, em meio à recusa de Israel em negociar a segunda fase, sem maiores garantias do Hamas.

Acredita-se que ainda há 24 reféns vivos, todos eles jovens sequestrados em 7 de outubro de 2023, quando milhares de terroristas invadiram o sul de Israel para matar cerca de 1.200 pessoas e sequestrar outras 251, desencadeando a guerra em Gaza.

O Hamas também estaria mantendo os restos mortais de 35 reféns, incluindo um oficial das FDI cujo corpo foi roubado depois de ser morto lutando na guerra de Gaza de 2014.

Fonte -  O Antagonista  

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