A médica intensivista Cristina Belchior foi entrevistada no programa Espinharas Notícia, da Rádio Espinharas FM de Patos, e alertou sobre os perigos da combinação do consumo de bebidas energéticas com álcool, além dos efeitos nocivos ao coração.
Cristina, que é doutora em Fisiologia Cardiovascular pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), especialista em Cardiologia pela Universidade de São Paulo (USP), além de professora do ensino superior e pesquisadora, destacou que o álcool potencializa os efeitos das bebidas energéticas, podendo causar arritmias e outras doenças cardíacas, inclusive levando à morte súbita.
“Como a cafeína é ingerida junto com o álcool, isso potencializa os efeitos dos energéticos. O risco cardiovascular de arritmias e de uma morte súbita será bem mais acentuado do que em outras situações”, afirmou a especialista. Ouça abaixo:
O consumo de energéticos é frequentemente utilizado para combater a falta de disposição, mas, quando associado ao álcool, pode trazer consequências irreversíveis para o coração.
Especialistas alertam que algumas arritmias cardíacas podem ser provocadas pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas combinadas com energéticos. Pessoas portadoras de cardiopatias, por exemplo, apresentam riscos ainda mais elevados, uma vez que a combinação pode causar aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial.
Cada latinha contém, em média, 70 mg de cafeína — o equivalente a três ou quatro xícaras de café — e, quando associada a outros componentes presentes nas bebidas energéticas, estimula a liberação de adrenalina e noradrenalina, o que favorece o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, além de poder causar espasmo dos vasos sanguíneos do coração, resultando em um infarto agudo do miocárdio.
Profissionais de saúde explicam que algumas pessoas podem ser portadoras de doenças cardíacas silenciosas, ainda não diagnosticadas, e que, por essa razão, estão sob maior risco. Indivíduos com mais de 35 anos e que apresentam fatores de risco para doenças cardiovasculares — como hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, sedentarismo ou tabagismo — têm risco ainda mais elevado de surgimento ou agravamento dos sintomas.
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