Comerciantes do Mercado da Carne, em Patos, denunciam abandono; coordenação rebate críticas e promete normalização na próxima semana

Comerciantes do Mercado Juvino Lilioso, conhecido popularmente como "Mercado da Carne", em Patos, no Sertão paraibano, denunciaram, nesta semana, a situação de abandono e a falta de estrutura no local, especialmente em relação à limpeza, segurança e fiscalização. O repórter Higo de Figueiredo, da Rádio Espinharas FM, esteve no local para ouvir os trabalhadores e apurar as demandas da categoria.

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Segundo o comerciante Cícero, que trabalha há anos produzindo linguiça no local, o mercado está há pelo menos três semanas sem ser lavado. "Os garis disseram que a bomba está queimada. Antes, o mercado era lavado duas vezes por semana, mas desde a Semana Santa não houve mais limpeza", relatou.

Ele também denunciou a ausência de fiscalização e a falta de materiais básicos. "Não tem bomba, não tem mangueira, não tem administração. Antigamente tinha até detetização todo domingo, hoje em dia não tem mais nada disso", criticou. Ainda segundo Cícero, há tempos foi anunciada uma reforma no mercado, mas os trabalhadores afirmam que não viram mudanças estruturais.

Outro comerciante, Manoel Júnior, reforçou as reclamações. "Aqui não tem administrador, não tem guarda à tarde, e os produtos de limpeza não chegam a todos os setores. O sabão só fica na parte de cima, aqui embaixo não tem mais", reclamou. Ele disse que já procurou a administração várias vezes, mas que as queixas parecem ser ignoradas.

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Em resposta às denúncias, o coordenador do Mercado da Carne, Chico Lira, confirmou que o local está temporariamente sem lavagem devido a um problema no motor da bomba d’água. “Preferi não comprometer o fornecimento de água nas torneiras, que é essencial para os comerciantes. A bomba nova chega na segunda-feira e, com isso, voltaremos a lavar o mercado normalmente duas vezes por semana”, garantiu.

Sobre a detetização, Chico afirmou que o mercado foi detetizado recentemente e que o procedimento é feito regularmente, sempre aos domingos, quando o espaço está fechado. “Fizemos há menos de um mês. É feito com segurança, pois não se pode usar veneno com o mercado em funcionamento”, explicou. Ele também disse que há material de limpeza suficiente no local e se dispôs a mostrar os produtos disponíveis.

Apesar das promessas da coordenação, os comerciantes cobram ações mais efetivas e permanentes. Eles pedem maior presença da administração, melhor distribuição de insumos de limpeza e medidas para garantir a higiene e segurança de todos que trabalham e frequentam o espaço.

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