Na manhã desta segunda-feira, 05 de maio de 2025, o Tribunal do Júri da Comarca de Patos, no Sertão paraibano, absolveu os réus Manoel Douglas dos Santos de Oliveira, conhecido como “Doguinha”, e Ygor Thales Morais Félix, apelidado de “Pé de Pato”, da acusação de homicídio qualificado contra Alex Pereira Guedes, popularmente conhecido como “Alex Juazeiro” ou “Alex do Lava Jato”. O crime ocorreu no dia 09 de abril de 2020, por volta das 22h50, no bairro do Jatobá, em Patos.
Segundo a denúncia do Ministério Público da Paraíba, os réus teriam, supostamente, assassinado a vítima com disparos de arma de fogo, por motivo torpe e com meio que dificultou a defesa, enquadrando o caso nas qualificadoras previstas no artigo 121, §2º, I e IV, do Código Penal Brasileiro. Além disso, foi acrescentada também a imputação de associação criminosa, conforme o artigo 288 do CP.
Durante o julgamento, realizado nesta segunda-feira, as defesas dos acusados sustentaram a tese de negativa de autoria, afirmando que não havia provas suficientes que comprovassem a participação direta dos réus no homicídio. O próprio representante do Ministério Público, em sua fala durante os debates, reconheceu a insuficiência de provas para sustentar uma condenação.
O Conselho de Sentença, formado por jurados da sociedade civil, acolheu por maioria a tese defensiva e rejeitou a autoria atribuída aos acusados. Diante da decisão soberana do júri, a juíza Isabella Joseanne Assunção Lopes Andrade de Souza, que presidiu o julgamento, absolveu os réus de todas as acusações.
A sentença foi publicada em plenário e, conforme determinado, com o trânsito em julgado, será realizada a baixa dos nomes dos acusados nos registros judiciais.
Além dos dois absolvidos, um terceiro envolvido no caso, Filipe Luan da Silva Xavier, conhecido como “Nerel”, chegou a ser preso em 2020, mas liberado dias depois após o Ministério Público não conseguir reunir provas suficientes que confirmassem sua participação no crime. Apesar disso, Filipe já não respondia mais ao processo, uma vez que foi assassinado a tiros na noite do dia 19 de maio de 2022, na Rua Manoel Reinaldo, também no bairro Jatobá, em Patos.
O caso, que tramitava desde 2020, gerava expectativa, mas teve seu desfecho pautado na ausência de elementos probatórios que ligassem os réus de forma inequívoca à autoria do crime.
Por Patos Online
Com informações complementares de Pabhlo Rhuan
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