Moradores dos sítios Fechado, Conceição e do Conjunto Maria Benigna, no distrito de Santa Gertrudes, zona rural de Patos, estão mobilizados pedindo o retorno da agente comunitária de saúde que atuava na região e foi afastada há quase um mês. Segundo relato de Jamilly Araújo, moradora local que falou em nome das mais de 80 famílias afetadas, a ausência da profissional tem gerado sérios prejuízos à assistência básica de saúde, principalmente para crianças e idosos.
“Queremos nossa agente de saúde de volta, pois as crianças estão sem pesar, os idosos que controlavam a pressão com ela estão desassistidos. O médico vinha toda quarta-feira, mas sem a presença da agente, também deixou de comparecer. Estamos totalmente descobertos”, lamentou.
O problema é reflexo direto de uma decisão judicial recente que determinou o desligamento dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) contratados pelo regime celetista em Patos. A medida foi determinada pela Quarta Vara da Comarca de Patos, a partir de uma ação movida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB).
Em entrevista à imprensa recentemente, o secretário municipal de Saúde, Leônidas Dias, explicou que a legislação federal limita a atuação de cada agente de saúde a um máximo de 700 pessoas, e que atualmente o município conta com 261 profissionais efetivos, número que seria suficiente, segundo ele, para atender toda a população dentro dos parâmetros legais.
“O que existia era um mapeamento antigo, com mais de 15 anos, que não acompanhou o crescimento da cidade. Por isso, contratamos uma empresa especializada para realizar um novo geoprocessamento, que deve ser concluído até 30 de junho. A partir disso, faremos a redistribuição e cobertura integral das áreas”, afirmou o secretário.
Enquanto isso, a população dos sítios segue sem atendimento básico. Os moradores esperam que, diante da urgência, a gestão possa encontrar uma solução provisória para garantir a assistência até a reestruturação completa da cobertura dos ACS.
O Patos Online deixa o espaço aberto caso a Secretaria de Saúde queira se pronunciar novamente em relação ao caso.
Por Patos Online
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