
Após mais de um ano após do brutal assassinato de Francinete Nunes dos Santos, de 38 anos, conhecida como “Neta”, o caso segue sem julgamento pelo Tribunal do Júri, gerando revolta e sofrimento entre os familiares. A vítima foi morta com múltiplos golpes de faca na manhã de 8 de maio de 2024, por volta das 06h30, no cruzamento da Rua do Prado com a Rua Oscar Torres, no bairro Liberdade, em Patos, Sertão da Paraíba.
Segundo as investigações, Neta estava a caminho do trabalho na garupa de um mototáxi quando foi surpreendida pelo ex-companheiro, Leandro Firmino Sales, que a atacou com uma faca no momento em que o veículo parou no semáforo. O agressor foi preso em flagrante e confessou o crime.
Contudo, mais de um ano após o feminicídio, o julgamento ainda não aconteceu. O réu foi pronunciado em 5 de novembro de 2024, mas a Defensoria Pública recorreu da decisão, alegando “excesso de linguagem” na sentença de pronúncia – expressão que, segundo a defesa, poderia influenciar os jurados.
Um dos trechos contestados pela defesa dizia que os autos "deixam transparecer pela quantidade de facadas espalhadas no corpo da vítima, o que lhe causou intenso e desnecessário sofrimento”. O Tribunal de Justiça da Paraíba acatou o argumento e anulou a decisão, determinando nova pronúncia sem os chamados “vícios”. Mesmo com a reformulação, novo recurso foi interposto, novamente alegando excesso de linguagem. Desde então, o caso permanece sem data marcada para ir a julgamento.
Nas redes sociais, a filha da vítima, Alessandra Ferreira, manifestou indignação com a demora da Justiça e criticou as tentativas da defesa de minimizar a crueldade do crime:
“Querem reescrever a verdade. Querem fingir que ela não sofreu. Mas nós sabemos. Ela sofreu. Morreu com medo, sem defesa, sendo atacada brutalmente. A justiça não pode ser moldada para poupar o agressor. A justiça existe para proteger a vítima. E minha mãe merece isso. Ela merece justiça.”
O caso de Neta é mais um entre tantos feminicídios que seguem envoltos em trâmites judiciais complexos, gerando sensação de impunidade e prolongando o sofrimento das famílias. Para os parentes, a dor da perda se soma à frustração com a lentidão do Judiciário, que ainda não deu uma resposta definitiva a um crime considerado covarde e cruel.
"Vivemos o vazio da ausência dela. E, além da dor da perda, enfrentamos a agonia da espera por justiça." - disse a filha.
Enquanto os recursos se acumulam, a luta por justiça permanece viva nas vozes da família.
Por Patos Online
Com informações de Pabhlo Rhuan
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