O juiz Adhailton Lacet Correia Porto, da 1ª Vara da Infância e Juventude de João Pessoa, autorizou, nesta quarta-feira (13), o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao influenciador paraibano Hytalo Santos. A medida atende a um pedido da Promotoria de Defesa da Criança e do Adolescente da Capital.
De acordo com informações, a decisão determina que oficiais de justiça identifiquem os pais das crianças que conviviam com o influenciador e participavam de seus conteúdos.
O magistrado ordenou ainda a apreensão de todos os aparelhos eletrônicos — como celulares, computadores, câmeras, HDs e pen drives — utilizados por Hytalo Santos para gravação, edição e divulgação de materiais. Os equipamentos deverão ser encaminhados à autoridade policial para análise pericial e extração de dados.
A decisão também proíbe o influenciador de acessar Instagram, TikTok, YouTube, Facebook ou qualquer outra plataforma digital onde atue, enquanto durarem as investigações sobre o uso de adolescentes em suas postagens e vídeos.
“O presente caso exige uma intervenção judicial urgente e enérgica, em nome da proteção integral de crianças e adolescentes, princípio basilar do nosso ordenamento jurídico, consagrado no artigo 227 da Constituição Federal e no artigo 1º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, destacou o juiz no despacho.
Na terça-feira (12), a Justiça já havia determinado a suspensão de todos os perfis do influenciador nas redes sociais, o bloqueio de monetização e o afastamento imediato de adolescentes que viviam com ele, além da proibição de qualquer tipo de contato com menores de idade.
As denúncias apresentadas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) também resultaram em uma recomendação conjunta com o Gaeco, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Polícia Civil à Loteria do Estado da Paraíba (Lotep), para que suspenda, em até 48 horas, a autorização concedida à empresa “Fartura Premiações”, divulgada no canal de Hytalo Santos.
Hytalo Santos é investigado em uma Ação Civil Pública por supostamente submeter adolescentes à adultização e à exposição com conotação sexual para fins de lucro. O caso segue sob apuração das autoridades.
Por Patos Online
Com informações do MaisPB
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