
Ribeirinhos, pescadores e agricultores que dependem do Açude Engenheiro Ávidos (Boqueirão de Piranhas) realizaram um protesto na manhã desta terça-feira (11), bloqueando a PB-400, nas proximidades do canal da Transposição do Rio São Francisco, no Alto Sertão da Paraíba.
O grupo cobrou a presença de representantes da Agência Nacional de Águas (ANA), da AESA e do DNOCS, para discutir a situação do reservatório, que, segundo os manifestantes, vem perdendo volume de água de forma acelerada devido à vazão liberada para outros açudes.
De acordo com dados citados pelos ribeirinhos, o Boqueirão chegou a registrar 107 milhões de metros cúbicos, mas atualmente estaria com cerca de 56 milhões, o que tem causado escassez para consumo humano, pesca e agricultura às margens do manancial.
“Secaram bastante Boqueirão. Se a gente não se manifestasse, iam levar o resto da água embora. Vamos ficar sem água enquanto outros açudes ficam cheios”, afirmou Francisco Vieira, conhecido como Titico, morador de São José de Piranhas e um dos organizadores do ato.
O pescador Matias de Oliveira também relatou os impactos da situação: “Estamos sem água. Os pescadores não estão pescando porque não tem água. As canoas estão no seco. A gente quer que Boqueirão tenha água de volta. Que reponham o que tiraram”, desabafou.
Os manifestantes também cobraram posicionamento de deputados da região, citando Chico Mendes, Dra. Paula e Júnior Araújo, e afirmaram que “as lideranças precisam agir”.
A Polícia Militar esteve acompanhando o protesto, que ocorreu de forma pacífica.
Na visão dos manifestantes, o protesto foi proveitoso no sentido de alertar os órgãos públicos responsáveis. Porém, nenhum representante do DNOCS, AESA, ANA e do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, esteve no local ou emitiu nota pública sobre as movimentações.
As reclamações começaram em agosto, quando as águas da transposição do Rio São Francisco passaram a ser liberadas do Açude Engenheiro Avidos para o Rio Grande do Norte. Agricultores e pescadores relatam que a vazão de saída do manancial é maior do que a quantidade recebida, o que tem agravado a crise hídrica na região.
No dia 23 de setembro, o tema foi discutido em uma audiência pública realizada pela Câmara de Cajazeiras, em parceria com a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), mas, segundo os moradores, nenhuma medida efetiva foi adotada até o momento.
Por Patos Online
Com informações do Diário do Sertão
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