"Essa radicalização se dá porque os sindicalistas perderam a boquinha do imposto sindical", desafiou.
Mesmo a justiça determinando a suspensão imediata do movimento grevista, deflagrado pelos profissionais da Educação do Município de Condado (PB), os professores decidiram, em assembleia realizada na tarde da última sexta-feira (28), pela continuação da greve "até que a gestão municipal atenda à solicitação da categoria, que luta pela implantação dos 12,84% do reajuste do piso nacional do magistério".
O diretor jurídico do SINFEMP, - Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região, Gilson Remígio, alegou que a entidade não recebeu nenhuma notificação da Justiça embora a Ação Declaratória de Ilegalidade de Greve, interposta pela prefeitura e assinada pelo magistrado, José Ferreira Ramos Júnior, fale da aplicação de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), imposta ao Sindicato, caso haja descumprimento da decisão.
O advogado do município de Condado (PB), Taciano Fontes, diz que o fato de o Sindicato ter sido notificado ou não é apenas para efeito de multa e que essa justificativa não vai abonar as faltas dos servidores que correm o risco de perder o emprego.
"O tribunal já reconheceu que a greve é ilegal desde quando começou, então quando completar 30 dias sem trabalhar, nós vamos tomar as medidas administrativas de abandono de emprego", alertou o advogado.
Taciano Fontes adiantou à produção do jornal Notícias da Manhã, da rádio Espinharas FM de Patos (PB), 97.9, que já orientou o prefeito Kaio Paixão (PR) a realizar concurso público para cadastro de reserva, pois a greve está causando sérios prejuízos ao erário.
"Abandono de emprego público é passivo de demissão. O sindicato está colocando os professores numa situação, extremamente, perigosa. Todo mundo sabe que a greve é ilegal, então o servidor que quiser ir trabalhar pode ir trabalhar", disse.
O advogado do município aproveitou para criticar o movimento grevista dizendo que essa radicalização por parte dos sindicalistas só acontece porque "eles perderam a boquinha do imposto sindical".
"Depois que estão vendo o enfraquecimento dessa estrutura sindical que estuprou os trabalhadores brasileiros por anos e anos tirando bilhões em prol de meia dúzia de sindicalistas, ficam procurando a mídia para aparecer, sem se preocupar com o que pode acontecer com o servidor", desabafou o advogado Taciano Fontes.
"Nós não vamos ceder", finalizou.
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