“Faltou luz mas era dia / O sol invadiu a sala / Fez da TV um espelho / Refletindo o que a gente esquecia...”, o trecho da música O Que Sobrou do Céu, do Rappa, tem muito a ver com a história da família do agricultor Francisco Pereira de Sousa, de 40 anos, que reside com sua família na zona rural do Município de Patos.

No casebre, que não tem água encanada, nem eletricidade, nem banheiro, com poucos objetos domésticos e que foi feito de restos de material de construção e tem um único cômodo, porém, onde sobra esperança, moram Francisco, sua esposa Ivamara Cipriano, 39 anos, e seus três filhos: Adriana, Ewerton e Maria Fernanda.
Na estante está a televisão que reflete a realidade e serve como espelho embaçado. Ela faz parte do cenário do casebre humilde que também tem um fogão sem botijão de gás, uma geladeira velha que serve de armário, a cama arrumada com carinho e a mesa pequena que abriga utensílios para as refeições preparadas no fogão a lenha que fica ao chão. A família vive de agricultura de subsistência. Francisco e Ivamara são analfabetos.

O agricultor é patoense. Com a vida difícil na cidade natal ele foi para o Ceará buscar dias melhores. Lá enfrentou dificuldades e recebeu uma proposta para voltar a Patos e trabalhar na agricultura na terra de um familiar, porém, relata Francisco, quando o roçado começou a dar bons resultados se começou a divergência e isso fez a família ser expulsa do local. Sem ter para onde ir, o agricultor está vivendo de favor numa área do assentamento Campo Comprido, zona rural de Patos. Os moradores da localidade ajudaram a construir o barraco e permitiram plantio.
Francisco plantou um roçado e já colhe milho, feijão e tem legumes. As chuvas deixaram a plantação muito bonita. A esposa recebeu auxílio emergencial durante a pandemia do novo coronavírus, COVID – 19, e isso ajudou na compra de objetos de uso constante e foi feita uma feira. O agricultor é cego de um olho e a filha mais velha tem problemas epiléticos.
Na manhã deste domingo, dia 24, a reportagem esteve conversando com a família. Ao lado do Agente Comunitário de Saúde Arlan Machado, que atende parte da comunidade, soubemos que a área que está o agricultor é do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), órgão do Governo Federal. Dezenas de agricultores vivem na localidade e esperam a tão almejada reforma agrária que garanta a posse das terras devolutas.
O agricultor disse que se alguém precisar de um trabalhador para tomar de conta de roçado, cuidar de animais, caseiro de sítio, ele está à disposição.
Como a família não dispõe de telefone, o ACS Arlan Machado se dispôs a intermediar o contato para aqueles que quiserem ajudar a família de Francisco Pereira. (83) 9 9666 1717.
Jozivan Antero – Patosonline.com








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