A mãe de um dos fugitivos do presídio de Mossoró (RN), Nelita Nogueira da Silva, gravou um vídeo pedindo às autoridades que a dupla não seja morta. Em meio ao sexto dia das buscas, a mãe de Rogério Mendonça da Silva solicitou aos agentes que os detentos sejam recapturados e retornem à prisão para cumprir as penas.
Esta é a primeira fuga de detentos registrada em um presídio de segurança máxima. Na gravação, Nelita disse que está sem informações sobre o filho há cinco meses, depois que Rogério foi transferido para o presídio federal, em setembro. Ela ainda afirmou que os dois não são violentos.
"Peço à população que não fique com medo, porque eles não são bandidos perigosos de estar fazendo mal às pessoas. Quero que eles sejam resgatados e voltem de novo para a prisão para que cumpram pena. Peço às autoridades que tragam o meu filho com vida, que não tirem a vida deles. Colocaram atiradores de elite. Faço esse apelo: não matem. É o apelo de uma mãe."
NELITA NOGUEIRA DA SILVA, mãe de Rogério Mendonça
No entanto, uma família relatou ter sido feita de refém durante a fuga dos detentos, conhecidos como "matadores do Comando Vermelho do Acre". As autoridades indicaram, no entanto, que a dupla não agiu com violência contra a família.
Maria Auxiliadora Nascimento Vieira, a mãe do outro fugitivo, Deibson Cabral Nascimento, afirmou ao Uol que também tem medo do filho ser morto nas buscas realizadas.
Os detentos que fugiram foram identificados como Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, 35 anos. Ambos são naturais do Acre e respondem por crimes como roubo, tráfico de drogas, organização criminosa e homicídio.
Eles são membros do alto escalão de uma facção criminosa de origem carioca, tendo atuação nacional e internacional.
Deibson Cabral, também conhecido como "Tatu" ou "Deisinho", está ligado em 34 processos na Justiça do Acre. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo e já foi condenado a 33 anos de prisão.
Já Rogério da Silva, o "Martelo", responde a processos pelos crimes de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica. Ele foi condenado a 74 anos de prisão, respondendo a mais de 50 processos, e tem uma suástica (símbolo do nazismo) tatuada na mão.
Fonte: Diário do Nordeste
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