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Fuga em Mossoró: Polícia esteve a poucos metros dos fugitivos no terceiro dia de buscas

Carro da polícia passou na rua de casa invadida pelos fugitivos na sexta (16) e abordou um grupo de moradores enquanto os criminosos ainda estavam no local. Fuga aconteceu no dia 14 de fevereiro.

23/02/2024 às 23h00
Por: PATOS ONLINE Fonte: Por Ayrton Freire, Fernanda Zauli, Inter TV Cabugi e g1 RN
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Policiais estiveram a poucos metros dos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró no terceiro dia de buscas. A casa invadida pelos homens fica a 3 km do presídio (veja foto mais abaixo).

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Na noite de sexta-feira (16), por volta das 20h, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça - renderam um morador e invadiram a casa dele. Os criminosos permaneceram no local por cerca de 4 horas. Enquanto eles estavam na casa, um carro da polícia penal passou na rua da residência e abordou um grupo de moradores.

fuga aconteceu no dia 14 de fevereiro e é a primeira da história do sistema prisional brasileiro.

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O que contou o dono da casa?

O dono da casa disse que nesse momento um dos fugitivos estava deitado na varanda da casa, onde fica a TV por onde eles viram as notícias da fuga. O outro estava em pé e viu um carro com farol apagado se aproximando da residência. Ele chamou o morador, perguntou se era a polícia e o morador disse achar que se tratava de uma viatura policial.

Quando o carro se aproximou da casa, os policiais penais abordaram um motorista que passava pelo local com um grupo de moradores da região.

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“Os policiais chegaram e abordaram a gente. Só abordagem de rotina. Perguntaram se a gente morava aqui, foi tranquilo”, disse o motorista.

Segundo ele a abordagem aconteceu perto de meia-noite, quando os dois criminosos estavam dentro da casa.

Na sequência, os dois criminosos fugiram e mandaram o morador e a esposa se trancarem dentro de casa. Com medo, o morador obedeceu à ordem e só saiu de casa para acionar a polícia cerca de duas horas depois.

Enquanto permaneceram na casa, os fugitivos jantaram, fizeram ligações e assistiram TV. Eles chegaram ao endereço armados com um pedaço de madeira, e durante o tempo que ficaram na residência ameaçaram o morador para que não os denunciasse.

O morador relatou ainda que os criminosos comentaram que quase haviam sido pegos na noite anterior quando estavam escondidos em uma área de mata fechada. Segundo o relato, o helicóptero da polícia passou voando baixo bem próximo a eles. Os dois então fugiram deixando para trás a colcha e camiseta que foi encontrada pela polícia na madrugada de sexta (16).

g1 procurou o Ministério da Justiça, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria.

Buscas

Há 10 dias, um aparato com mais de 500 agentes, helicópteros, drones e cães farejadores buscam pelos dois criminosos. Embora os foragidos tenham deixado algumas pistas para trás, eles ainda não foram localizados até a manhã desta sexta-feira (23).

As zonas rurais e áreas de mata de Mossoró e Baraúna são focos de buscas, mas os trabalhos são dificultados pelas pelas características naturais da caatinga, o bioma da região. Os agentes enfrentam situações como mata fechada, grutas, animais peçonhentos como cobras, aranhas e escorpiões, forte insolação, calor e a época de chuva na região.

Na quinta (22), a Polícia Federal prendeu três suspeitos de terem ajudado os dois fugitivos do presídio de Mossoró. As investigações apontam que integrantes da facção criminosa Comando Vermelho estão dando apoio aos dois presos que fugiram da prisão de segurança máxima de Mossoró (RN).

Críticas à operação

Para o ex-secretário nacional de Segurança Pública e coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo, José Vicente da Silva Filho, o uso do aparato policial por um prazo longo não faz sentido e tem um custo elevado.

"É um exagero. É injustificável o uso de um contingente como esse por tanto tempo. Faz sentido nos dois primeiros dias, em que se mobiliza todas as forças para buscar a recaptura. Depois de uma semana, é preciso deixar a cargo da investigação", afirmou.

"Todas essas forças de segurança foram retiradas de outras áreas em que a população também precisa das suas atuações. Estão fazendo barreiras na área rural, onde não há demanda. E talvez os criminosos já não estejam mais no estado", pontuou.

O especialista ainda afirmou que os custos de uma operação como essa envolvem o dia de trabalho dos profissionais, alimentação, combustível de carros e aeronaves, hospedagem, entre outras despesas. Apesar disso, ele preferiu não estimar o valor gasto nas ações, até agora.

José Vicente ainda apontou que um levantamento de 2023 informou que o Rio Grande do Norte tem mais de 7 mil foragidos da Justiça.

Por Ayrton Freire, Fernanda Zauli, Inter TV Cabugi e g1 RN

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