Aconteceu nesta segunda-feira (03), no Tribunal do Júri de Patos, Sertão da Paraíba, o julgamento de Geovane de Lima Galdino Silva, acusado pelo assassinato da adolescente trans Renata Ferraz, ocorrido em 2022. O réu foi considerado culpado por homicídio qualificado e condenado a 28 anos de prisão.
O júri aplicou quatro qualificadoras na sentença, que resultaram em uma pena significativa:
Geovane de Lima está preso em uma penitenciária no Rio Grande do Sul, onde cumprirá sua pena. A advogada de defesa, Ellida Karituanna, comunicou ao g1 que, em conjunto com a família do condenado, analisará a possibilidade de recorrer da decisão.
O assassinato de Renata Ferraz ganhou grande repercussão nacional, especialmente após ser exibido no programa "Linha Direta" da TV Globo em 2023. Segundo o delegado Paulo Ênio, que liderou a investigação, a divulgação do caso no programa foi crucial para a localização do suspeito, que estava foragido em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.
Geovane de Lima Galdino Silva foi localizado e preso em 4 de julho do ano passado, na cidade de Novo Hamburgo, após denúncias e um trabalho conjunto de inteligência das polícias civis da Paraíba e do Rio Grande do Sul. A prisão encerrou anos de fuga do suspeito, proporcionando um passo importante para a justiça no caso de Renata Ferraz.
Renata Ferraz tinha 16 anos quando foi encontrada morta com várias marcas perfurações de faca, em uma estrada que liga Patos ao município de São José de Espinharas, no dia 19 de abril de 2022. O corpo já estava em avançado estado de decomposição.
A jovem estava desaparecida desde a noite do dia 16 de abril, após sair para uma festa aqui na cidade de Patos. Por volta das 19h00min do referido dia, ela saiu de casa e disse que se encontraria com amigos e iria para a festa da banda Calcinha Preta, que estava sendo realizada no Terreiro do Forró, sendo esse o último contato que ela teve com os familiares.
Imagens de circuito de câmeras mostraram o momento em que Renata entrou em um carro com dois homens. Flávio de Lima Ferreira foi preso acusado pelo crime, e Geovane de Lima Galdino Silva ainda estava foragido.
Por Patos Online
Com informações do g1 PB
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