José Albertino, secretário de Meio Ambiente de Coremas, no Vale do Piancó, relatou neste domingo (30) uma significativa perda de água no Complexo Coremas Mãe D’água, o maior manancial da Paraíba, que abastece várias cidades do Sertão. Desde o último dia 11 de maio, quando o manancial recebeu as últimas águas em 2024, a lâmina d'água diminuiu 31 centímetros.
Segundo Zé Albertino, essa redução representa uma perda de 25.725.159 metros cúbicos de água. Para se ter uma ideia da magnitude, esse volume é mais da metade da capacidade do Açude de São Gonçalo, no município de Sousa, que sustenta até 40.582.277 metros cúbicos de água.
No dia 30 de junho de 2024, o Complexo Coremas Mãe D’água contava com 755.681.441 metros cúbicos de água, o que equivale a 58,62% de sua capacidade total de 1 bilhão 289 milhões 163 mil 194 metros cúbicos. O complexo é formado pela junção da Barragem Mãe D’água e do açude Estevam Marinho.
A perda de água em menos de dois meses tem gerado preocupação. Apesar das comportas não estarem liberando tanto volume, a saída de água é considerada grande. As autoridades estão investigando possíveis causas dessa perda significativa.
Os dados são baseados em informações da Agência Nacional das Águas (ANA), Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). A quadra invernosa no Sertão da Paraíba, que contribui para a recarga dos mananciais, ocorre de fevereiro até maio.
Por Patos Online
Com Diário do Sertão
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