
Nesta quinta-feira, dia 1º de agosto, a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) de Patos realizou a prisão de um jovem de 24 anos, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva no âmbito da Operação Elos Fracos, desencadeada no último dia 23 de julho. O suspeito é acusado de integrar uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas contra instituições financeiras e foi preso por obstruir as investigações em curso.
De acordo com as investigações, o homem estava ativamente tentando interferir nos depoimentos de outros envolvidos na organização criminosa, enviando mensagens com instruções sobre o que eles deveriam relatar ao delegado responsável. Essa tentativa de manipulação dos depoimentos visava enfraquecer as investigações e proteger os demais membros da quadrilha.
Diante disso, a DRF representou pela prisão preventiva, deferida pela 1ª Vara Mista da Comarca de Patos. Destaca-se que ele já havia sido preso na fase inicial da operação, porém, por não possuir antecedentes criminais, estava respondendo ao processo em liberdade.
No momento da execução do mandado de prisão nesta quinta (01), realizada por volta das 09h, no bairro Santo Antônio, em Patos, o suspeito tentou destruir seu telefone celular para se livrar das provas que poderiam incriminá-lo. No entanto, a ação rápida dos policiais impediu que ele conseguisse eliminar as evidências. Foram apreendidos também outros dois aparelhos.
O suspeito foi conduzido à Central de Polícia Civil, onde permanece à disposição da justiça, aguardando os procedimentos legais. As investigações continuam para identificar e prender outros membros da organização criminosa envolvidos nas fraudes eletrônicas.
A operação desencadeada no último dia 23 de julho, contou com a participação de policiais civis da 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Superintendências, Núcleo de Inteligência e policiais civis do Rio de Janeiro. Foram cumpridos mandados de prisão em Patos, Campina Grande e no Rio de Janeiro. Já os mandados de busca e apreensão foram cumpridos também em Patos e Campina Grande, além de Santa Rita, Ingá, Puxinanã, Matureia e Santa Terezinha, na Paraíba, juntamente com os municípios do Rio de Janeiro e São Gonçalo, na Baixada Fluminense.
O principal objetivo da ação foi desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas contra instituições bancárias, que causou um prejuízo estimado em R$ 200.000,00 ao Nubank. Acredita-se que outras instituições financeiras também tenham sido alvo dos criminosos, podendo o montante total dos prejuízos ser ainda maior.
De acordo com o delegado Roberto Carvalho, titular da DRF, a investigação teve início quando a delegacia recebeu nove comunicações de supostas vítimas de extorsão. Essas pessoas registraram boletins de ocorrência online, noticiando que haviam sido vítimas de um crime, onde alguns indivíduos abordaram a suposta vítima em uma das saídas da cidade de Patos e obrigaram-na a transferir o dinheiro para a conta de um terceiro.
Quando as vítimas foram chamadas para serem ouvidas na delegacia, confessaram que tudo se tratava de uma fraude, onde, sob a promessa de receberem 10% do valor angariado pela organização criminosa, forneciam dados bancários e simulavam terem sido vítimas de um crime.
O modus operandi da organização, de acordo com o delegado, se dava da seguinte maneira: as supostas vítimas recebiam o dinheiro dos fraudadores. Logo após, os valores eram movimentados para a conta de um terceiro, também vinculado à quadrilha e responsável pela etapa de lavagem de dinheiro, enquanto noticiavam a instituição bancária com um boletim de ocorrência. Após isso, era aberto um protocolo de restituição para que a instituição devolvesse o valor.
Dr. Roberto destacou que, inicialmente, a instituição bancária mais prejudicada foi o Nubank, um banco online que conta com um programa de auxílio ao cliente que passa por qualquer dificuldade relacionada a ações criminosas: "Quando o cliente foi vítima de um crime, essa instituição bancária (Nubank) faz um depósito de confiança e, através desse depósito, o dinheiro volta provisoriamente à conta da suposta vítima. Quando o dinheiro volta, ela envia esse dinheiro para uma terceira conta, retirando da esfera de ação do Nubank. Então, o banco perde o controle sobre esse dinheiro, que vai para a conta de outra pessoa também envolvida na fraude", disse o delegado.
Conforme o delegado, as pessoas que foram ouvidas relataram que muitas delas não receberam a promessa do valor: "Quem ficava com o valor substancial eram os patrocinadores e financiadores. O patrocinador era quem injetava o dinheiro, e o operador era quem cooptava essas pessoas para participarem da fraude. Essas pessoas ficavam com a maior parte da remuneração e, muitas vezes, o elo fraco, a pessoa utilizada como laranja para fornecer os dados e a conta, sequer recebia qualquer valor", explicou.
O delegado informou que, enquanto a DRF investigava a organização e chegou a prender inicialmente os dois principais articuladores do esquema criminoso, a delegacia recebeu a comunicação do Nubank, que passou a colaborar com a investigação, acarretando novos elementos de informação e novos alvos. Dessa forma, a investigação, que começou com cerca de 15 pessoas como alvos, passou a abranger 100 pessoas.
Por Felipe Vilar - Patos Online
Com DRF/Patos
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