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Policial Operação Elos Fracos

Jovem de 24 anos suspeito de integrar organização criminosa responsável por fraudes eletrônicas em bancos é preso pela DRF em Patos

O suspeito é acusado de integrar uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas contra instituições financeiras e foi preso por obstruir as investigações em curso no âmbito da Operação Elos Fracos.

01/08/2024 às 11h06 Atualizada em 01/08/2024 às 18h25
Por: Felipe Vilar Fonte: Felipe Vilar - Patos Online
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Fotos: Divulgação/DRF
Fotos: Divulgação/DRF

Nesta quinta-feira, dia 1º de agosto, a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) de Patos realizou a prisão de um jovem de 24 anos, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva no âmbito da Operação Elos Fracos, desencadeada no último dia 23 de julho. O suspeito é acusado de integrar uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas contra instituições financeiras e foi preso por obstruir as investigações em curso.

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De acordo com as investigações, o homem estava ativamente tentando interferir nos depoimentos de outros envolvidos na organização criminosa, enviando mensagens com instruções sobre o que eles deveriam relatar ao delegado responsável. Essa tentativa de manipulação dos depoimentos visava enfraquecer as investigações e proteger os demais membros da quadrilha.

Diante disso, a DRF representou pela prisão preventiva, deferida pela 1ª Vara Mista da Comarca de Patos. Destaca-se que ele já havia sido preso na fase inicial da operação, porém, por não possuir antecedentes criminais, estava respondendo ao processo em liberdade. 

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No momento da execução do mandado de prisão nesta quinta (01), realizada por volta das 09h, no bairro Santo Antônio, em Patos, o suspeito tentou destruir seu telefone celular para se livrar das provas que poderiam incriminá-lo. No entanto, a ação rápida dos policiais impediu que ele conseguisse eliminar as evidências. Foram apreendidos também outros dois aparelhos. 

O suspeito foi conduzido à Central de Polícia Civil, onde permanece à disposição da justiça, aguardando os procedimentos legais. As investigações continuam para identificar e prender outros membros da organização criminosa envolvidos nas fraudes eletrônicas.

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Sobre a Operação Elos Fracos

A operação desencadeada no último dia 23 de julho, contou com a participação de policiais civis da 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Superintendências, Núcleo de Inteligência e policiais civis do Rio de Janeiro. Foram cumpridos mandados de prisão em Patos, Campina Grande e no Rio de Janeiro. Já os mandados de busca e apreensão foram cumpridos também em Patos e Campina Grande, além de Santa Rita, Ingá, Puxinanã, Matureia e Santa Terezinha, na Paraíba, juntamente com os municípios do Rio de Janeiro e São Gonçalo, na Baixada Fluminense.

 

O principal objetivo da ação foi desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas contra instituições bancárias, que causou um prejuízo estimado em R$ 200.000,00 ao Nubank. Acredita-se que outras instituições financeiras também tenham sido alvo dos criminosos, podendo o montante total dos prejuízos ser ainda maior.

De acordo com o delegado Roberto Carvalho, titular da DRF, a investigação teve início quando a delegacia recebeu nove comunicações de supostas vítimas de extorsão. Essas pessoas registraram boletins de ocorrência online, noticiando que haviam sido vítimas de um crime, onde alguns indivíduos abordaram a suposta vítima em uma das saídas da cidade de Patos e obrigaram-na a transferir o dinheiro para a conta de um terceiro.

Quando as vítimas foram chamadas para serem ouvidas na delegacia, confessaram que tudo se tratava de uma fraude, onde, sob a promessa de receberem 10% do valor angariado pela organização criminosa, forneciam dados bancários e simulavam terem sido vítimas de um crime.

O modus operandi da organização, de acordo com o delegado, se dava da seguinte maneira: as supostas vítimas recebiam o dinheiro dos fraudadores. Logo após, os valores eram movimentados para a conta de um terceiro, também vinculado à quadrilha e responsável pela etapa de lavagem de dinheiro, enquanto noticiavam a instituição bancária com um boletim de ocorrência. Após isso, era aberto um protocolo de restituição para que a instituição devolvesse o valor.

Dr. Roberto destacou que, inicialmente, a instituição bancária mais prejudicada foi o Nubank, um banco online que conta com um programa de auxílio ao cliente que passa por qualquer dificuldade relacionada a ações criminosas: "Quando o cliente foi vítima de um crime, essa instituição bancária (Nubank) faz um depósito de confiança e, através desse depósito, o dinheiro volta provisoriamente à conta da suposta vítima. Quando o dinheiro volta, ela envia esse dinheiro para uma terceira conta, retirando da esfera de ação do Nubank. Então, o banco perde o controle sobre esse dinheiro, que vai para a conta de outra pessoa também envolvida na fraude", disse o delegado.

Conforme o delegado, as pessoas que foram ouvidas relataram que muitas delas não receberam a promessa do valor: "Quem ficava com o valor substancial eram os patrocinadores e financiadores. O patrocinador era quem injetava o dinheiro, e o operador era quem cooptava essas pessoas para participarem da fraude. Essas pessoas ficavam com a maior parte da remuneração e, muitas vezes, o elo fraco, a pessoa utilizada como laranja para fornecer os dados e a conta, sequer recebia qualquer valor", explicou.

O delegado informou que, enquanto a DRF investigava a organização e chegou a prender inicialmente os dois principais articuladores do esquema criminoso, a delegacia recebeu a comunicação do Nubank, que passou a colaborar com a investigação, acarretando novos elementos de informação e novos alvos. Dessa forma, a investigação, que começou com cerca de 15 pessoas como alvos, passou a abranger 100 pessoas.

 

Por Felipe Vilar - Patos Online
Com DRF/Patos

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