O secretário de Saúde da Paraíba, Ari Reis, afirmou nesta segunda-feira (19) que os hospitais da rede estadual não estão sendo preparados para atender “bebês reborn”, bonecos hiper-realistas que imitam recém-nascidos e têm ganhado popularidade nas redes sociais.
A declaração foi dada durante entrevista à Rádio Correio 98.3 FM (Rede Correio Sat), após surgirem denúncias de que algumas pessoas estariam levando os bonecos para atendimento em unidades públicas de saúde, como se fossem crianças de verdade. A prática gerou repercussão nacional e levou parlamentares a apresentar projetos de lei na Câmara dos Deputados que preveem multas para quem insistir em utilizar o SUS de forma indevida.
“Temos que nos preocupar com verdadeiramente as crianças que estão adoecendo de gripe”, declarou o secretário. Ele ressaltou que a prioridade da Secretaria de Saúde é atender demandas reais, como a reforma do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, uma das unidades mais importantes do estado.
Ari Reis explicou ainda que, em casos envolvendo adultos que levam os bonecos a hospitais, a abordagem correta seria em um contexto psicológico: “Se chegar uma portadora de bebê reborn em uma das nossas unidades, mas num ambiente de atendimento psicológico, com um acompanhamento mais efetivo nessa área”, pontuou.
O caso tem reacendido o debate sobre os limites entre terapia, afeto e uso racional dos serviços de saúde pública. Embora os bebês reborn sejam utilizados em algumas terapias específicas — principalmente com idosos ou pacientes com transtornos emocionais — o uso dos hospitais públicos para simular atendimentos médicos aos bonecos é considerado inapropriado e passível de sanção, segundo as novas propostas legislativas em discussão.
A Secretaria de Saúde reforçou que o atendimento no SUS deve ser voltado para necessidades humanas reais e comprovadas, e que o uso de recursos públicos precisa ser responsável e ético.
Por Patos Online
Com informações do Portal Correio
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