
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou nesta segunda-feira (24/11), ao Metrópoles, que rompeu com o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ). A crise é causada por uma série de críticas do petista contra Motta, numa escalada de atritos que chegou a seu ponto mais grave na tramitação do PL Antifacção.
Nos últimos meses, o desgaste entre o comando da Câmara e o Palácio do Planalto tem aumentado. A situação escalonou após Motta escolher o deputado Guilherme Derrite (PL-SP) para relatar o projeto de Lei Antifacção, o que desagradou ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Após a escolha, Farias deu uma série de entrevistas falando mal de Motta. Em uma das declarações, disse o seguinte sobre a escolha de Derrite: “Ele conseguiu fazer uma lambança em um tema muito importante […] primeiro pela escolha do relator, porque é um projeto de autoria do Executivo, a gente não estava exigindo um relator do PT; tinha que ser alguém neutro, que tivesse um diálogo”.
Antes disso, Lula havia feito uma declaração, durante um evento, com a presença do político paraibano no palco, criticando o Poder Legislativo. Na oportunidade, o presidente da República afirmou que o Congresso nunca teve qualidade tão “baixo nível como tem agora”, o que, segundo aliados, também teria incomodado o presidente da Câmara.
Segundo um interlocutor de Motta, não há mais negociação com o petista: “Não tem coisas vindas dele, o presidente não acolhe”, afirmou.
Do lado do Senado, o clima também não anda bom para Lula. Após a escolha do advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), está sem falar com ninguém do governo.
O presidente da Casa Alta se viu afrontado por Lula com a indicação de Messias, visto que defendia o nome de seu aliado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para ocupar a vaga na Suprema Corte.
Em resposta a Lula, Alcolumbre anunciou, no mesmo dia da indicação, que pautaria um projeto contrário aos interesses do governo, que regulamenta a aposentadoria especial dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias.
Fonte: Metrópoles
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