
Durante entrevista ao PodPatos, podcast do Patos Online, o advogado Harrison Targino, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Paraíba (OAB-PB), fez uma análise contundente sobre o atual cenário político e social do país, alertando para o enfraquecimento do diálogo, o avanço da polarização extrema e o risco de uma crise mais profunda de convivência democrática.
Segundo Targino, o Brasil vive um momento em que a capacidade de diálogo está sendo perdida, substituída por posições rígidas e inflexíveis. “As pessoas adotam a lógica do ‘é assim ou não é assim’, e isso esvazia o verdadeiro sentido da política, que é o diálogo entre diferentes”, afirmou.
O presidente da OAB-PB destacou que propostas extremistas, tanto da direita quanto da esquerda, têm acirrado os conflitos e ampliado os atritos no ambiente político. Para ele, há grupos que não buscam soluções, mas sim a conflagração. “Existem brutamontes, de lado a lado, que querem transformar o país em um cenário de confronto permanente”, disse.
Harrison Targino também chamou atenção para o que classificou como uma “crise de conceitos”, fenômeno que, segundo ele, não se limita ao Brasil, mas afeta o cenário global. Nesse contexto, ele criticou duramente líderes políticos que prometem soluções rápidas e milagrosas para problemas complexos. “Todo mundo que promete resolver tudo em um dia é um profundo mentiroso”, afirmou, classificando tais figuras como “falsos profetas”.
Na entrevista, o advogado também criticou o comportamento de seguidores que tratam políticos como figuras divinas. “Temos os ‘gados’ da direita e da esquerda, que transformam políticos em deuses. Deus é um só. Somos todos humanos”, pontuou.
Outro ponto central da fala foi o conceito de “calcificação social”, termo atribuído por Targino a um cientista americano, para descrever uma sociedade que perde a capacidade de dialogar com o diferente e passa a viver isolada em bolhas ideológicas. “As pessoas só dialogam com quem pensa igual e deixam de exercer a alteridade, que é a capacidade humana de compreender a dor do outro”, explicou.
Por fim, o presidente da OAB-PB defendeu a necessidade de calma, paciência e respeito mútuo. “Cada um tem o direito de defender sua visão ideológica com amor, mas, sobretudo, com respeito. É isso que estamos perdendo”, concluiu.
Por Patos Online
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