O pequeno município de Quixaba-PB, com 1868 habitantes, localizado no Sertão, região central da Paraíba, mesmo com toda a crise financeira, hídrica que enfrenta, não tem registro de mortalidade infantil em seu território nos últimos sete anos, segundo declarou o prefeito Júlio César à imprensa. Ele explica que isso ocorre devido, principalmente, ao trabalho das equipes de saúde, educação, assistência social, através de vários programas. “Dois anos seguidos Quixaba figurou entre os 30 melhores gestores de merenda escolar do Brasil. Isso demonstra o empenho de todos com a qualidade de vida de nossas crianças”, enfatizou César.
Sobre a seca que se arrasta há anos no semiárido, causando profundos estragos não apenas na já tão frágil agropecuária, mas também para consumo humano, explica que hoje a cidade recebe água via adutora Coremas/Sabugi. Em relação à zona rural, onde a situação é mais grave, cinco caminhões, três mantidos pelo Exército e dois pelo município, trazem água a uma distância de 50 Km. César explica essa longa distância para captação de água para beber torna a logística bastante cara.
Trinta poços artesianos foram perfurados na zona e rural, onde cada imóvel possui duas cisternas, uma de placas de cimento e outra de poliuretano, graças a uma parceria com DNOCS. “Em toda casa da zona rural há duas cisternas, uma para armazenar água para consumo humano e outra para uso geral da casa. A água dos poços por ser salobra não serve para beber, o que diminui a expectativa de nossas reservas para consumo humano. A gente orienta a essas famílias a zelarem, economizarem essas água de beber, pois não sabemos até quando poderemos buscar água em Catingueira”, disse o prefeito de Quixaba.
A queda de receitas, o município depende basicamente do ICMS e do FPM, está trazendo prejuízos para as pastas principais, educação, saúde e assistência social. Os problemas se agravam devidos mais despesas com abastecimento, manutenção dos carros-pipas, no enfrentamento à seca. Quixaba possui R$ 5 milhões empenhados, mas devido a crise o governo federal não libera, o que atrapalha ainda mais as iniciativas municipais de melhorar a infraestrutura local. Quixaba, que terá o sistema mais moderno de esgotamento sanitário da Paraíba, com 100% de cobertura, obra que deverá ser concluída até junho do próximo ano, se os recursos forem liberados como consta no convênio. Há previsão de liberação de uma parcela para os próximos dias.
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