Com taxa de eficácia de 91,4%, imunizante deve começar a ser fabricado no Brasil ainda no primeiro trimestre se a Anvisa der logo o sinal verde para o uso emergencial
A farmacêutica União Química, com cinco fábricas no Brasil, deve se reunir nesta quinta, dia 21, às 16h, com representantes da Anvisa para discutir os dados pendentes para a aprovação de uso emergencial da vacina Sputinik V. Segundo a Anvisa, a convocação do encontro, que será online, partiu da própria agência reguladora.
A expectativa é que até amanhã, dia 22, ou sábado os técnicos da Anvisa se reúnam para analisar a solicitação de uso emergencial da vacina com base em novas informações apresentadas.
A taxa de eficácia da Sputinik V é de 91,4%, segundo o governo russo. Desenvolvida no Centro de Pesquisas Gamaleya, de Moscou, a vacina chamou a atenção de alguns estados brasileiros no ano passado.
Os governos da Bahia e do Paraná não perderam tempo e fecharam acordos, no ano passado, para a compra do imunizante. Agora, aguardam o aval da Anvisa para que as primeiras doses comecem a ser produzidas no Brasil.
A União Química informou que tem condição de começar a fabricar o insumo ainda no primeiro trimestre, em suas unidades no Distrito Federal e outros locais do país. Até março, a expectativa é que sejam produzidas cerca de 10 milhões de doses.
A Anvisa recusou o pedido de registro do imunizante no último sábado, dia 17, sob a alegação de que não foram feitos testes clínicos no Brasil e faltavam informações sobre o produto. Nesta quarta, dia 20, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que uma nova análise sobre o registro da vacina seja feita em até 72 horas, em função de uma ação ajuizada pela Bahia.
O Fundo Soberano da Federação da Rússia, responsável pela coordenação do desenvolvimento e distribuição da Sputnik V, informou nesta quinta que a Hungria e os Emirados Árabes aprovaram o uso da vacina. Países como o México e a Índia devem dar o sinal verde para a aprovação do imunizante nas próximas semanas, de acordo com o fundo.
Exame
Foto: Sergey Pivovarov/Reuters
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