O anúncio de Dr. Érico Djan de que não concorrerá a reeleição na Assembleia Legislativa em 2022, aumenta o histórico dos médicos que deixaram a política para se dedicar a medicina antes do esperado.
O primeiro registro dessa natureza aconteceu com o ex-prefeito de Patos, Olavo Nóbrega, que depois de ser eleito para governar a Capital do Sertão em 1968, voltou a disputar a prefeitura em 1976, perdendo para Edmilson Mota, e após esse pleito só voltou a concorrer a um mandato eletivo em 1998, (22 anos depois), quando se candidatou ao cargo de deputado federal, sendo esta sua última disputa.
Edmilson Mota, foi eleito prefeito de Patos em 1976, e concluiu o seu mandato em 1983, voltando a se candidatar em 1988, quando perdeu a eleição para a ex-prefeita Geralda Medeiros, que era odontóloga. Edmilson, não mais disputou mandato eletivo até falecer em janeiro de 2014.
A partir de 1982, Patos viu ser construída a carreira política do dr. Rivaldo Medeiros, que se elegeu prefeito da cidade em 1981, e governou o município até 1º de janeiro de 1989, além de deputado federal no pleito de 1990.
Rivaldo ainda usou sus força política para eleger Dra. Geralda como deputada estadual em 1986 e prefeita de Patos em 1988. Esta por sua vez, não mais disputou mandato eletivo até vir a falecer em 5 de janeiro de 1994, enquanto Rivaldo voltou a disputar o mandato de deputado federal em 1994, ficando na suplência. Depois disso, não concorreu mais a nenhum cargo, até falecer em 28 de janeiro de 2013.
Já o ex-prefeito Ivânio Ramalho, se elegeu deputado estadual para representar Patos e a Paraíba em 1990, e prefeito da cidade em 1992. Depois disso, foi candidato a deputado federal em 2002, não obtendo êxito, e se elegeu duas vezes vice-prefeito de Patos em 2004 e 2008. Desde então, não disputou mais nenhuma eleição.
Recentemente, Patos registrou o afastamento do ex-prefeito Dinaldo Filho e do ex-vereador Fernando Jucá do cenário político. Dinaldinho foi eleito deputado estadual em 2014 e prefeito de Patos em 2016, governando o município por 1 ano sete meses e 14 dias. Já Fernando Jucá, se elegeu vereador em 2012 e não foi reconduzido quando disputou a reeleição em 2016. Em 2020, desistiu de concorrer novamente a uma vaga de vereador no município.
Além de Patos, outros municípios da região também registram afastamento de profissionais da medicina do meio político, como é o caso dos ex-prefeitos José afonso (Santa Teresinha-PB), Renê caroca (São José de Espinharas), e Egilmário Bezerra (Cacimba de Areia).
A saída de Dr. Érico evidencia que a medicina tem sido usada como um bom trampolim para a política, mas ao mesmo tempo um ótimo refúgio dela, quando as urnas não correspondem as expectativas.
Por Genival Junior - Patosonline.com
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