O presidente da República e candidato à reeleição em 2022, Jair Bolsonaro (PL), participou de uma entrevista na Jovem Pan nesta terça-feira (6). Entre diversos assuntos abordados, ele se posicionou contrário à decisão do ministro Edson Fachin, que restringiu trechos de decretos do presidente que facilitam compra de armas de fogo, munição e posse de armamento no território brasileiro.
“Não concordo em nada com o senhor Fachin. E peço a quem está assistindo: acredite em mim. Acabando as eleições, a gente resolve essa questão dos decretos em uma semana. Porque todo mundo tem que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Encerrou por aqui o assunto dos decretos. Acabando as eleições, eu sendo reeleito, a gente resolve esse problema e outros problemas. Pode ter certeza disso. Todos têm que jogar nas quatro linhas da nossa Constituição”, disse Jair Bolsonaro.
Para justificar a remoção de trechos de decretos que facilitam a compra de armas, Fachin explica que “o risco de violência política torna de extrema e excepcional urgência a necessidade de se conceder o provimento cautelar”. Com isso, o presidente também criticou o termo “violência política” e foi, mais uma vez, contrário à decisão.
“A questão das armas. ‘Violência política’? O que é isso? Inventaram agora violência política para pegar os decretos que estão com o ministro Kassio, sob pedido de vista, dar uma canetada por fora e falar: não tem mais armas no Brasil. Todas as ditaduras foram precedidas por campanhas desarmamentistas”, disse.
Em 2019, o Partidos dos Trabalhadores (PT) e o Partido Socialista Brasileiro (PSB) apresentaram ações ao STF contra os decretos de Bolsonaro, que facilitavam a aquisição de armas de fogo, uma de suas promessas de campanha. Fachin, relator dessas ações, declarou inconstitucional no ano passado. Entretanto, o ministro Nunes Marques pediu vista (mais tempo para analisar os casos) e suspendeu os julgamentos.
Fonte: MaisPB com Metrópoles
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