O Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande divulgou nesta segunda-feira (21) uma atualização sobre o estado de saúde da criança de 1 ano e 7 meses baleada na cabeça pelo próprio pai, durante um episódio de feminicídio ocorrido no último 29 de junho, na cidade de Itaporanga, no Sertão paraibano.
Segundo o neurocirurgião Dr. Henry Leite, a menina foi submetida a uma cirurgia de emergência logo após ser socorrida no dia do crime e permanece em acompanhamento intensivo pela equipe de neurocirurgia. No último dia 16 de julho, ela passou por um novo procedimento cirúrgico e segue internada na UTI pediátrica, em estado estável, sem uso de drogas vasoativas e em observação.
Apesar da gravidade do ferimento, o médico demonstrou otimismo quanto à evolução da paciente.
“Felizmente, essa criança segue estável, sem uso de drogas vasoativas, que são medicações utilizadas para manter os níveis pressóricos dentro da normalidade. Ela segue estável, sem grandes complicações no momento”, explicou o profissional.
Dr. Henry também destacou que o caso pode ser considerado um milagre.
“É uma paciente que apresentou um ferimento grave, esse projétil que transfixou a cabeça dessa criança de 1 ano e 7 meses. Felizmente ela segue apresentando uma boa resposta ao tratamento que tem sido feito até o momento”, reforçou.
Sobre possíveis sequelas neurológicas, o médico afirmou que ainda é cedo para avaliar, mas ressaltou que a evolução clínica traz esperança.
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A menina foi ferida durante um feminicídio praticado pelo próprio pai, Elson Félix de Souza, de 35 anos, conhecido como “Chaveirinho”. No mesmo episódio, a mãe da criança, Cláudia Kell de Oliveira Miguel, de 29 anos, foi assassinada com três tiros na cabeça, dentro de casa, no bairro Chagas Soares, em Itaporanga.
Após o crime, Elson fugiu e permaneceu foragido por dois dias. Foi localizado e preso pela Polícia Militar no dia 1º de julho, escondido em uma área de mata no Sítio Pau Brasil, na zona rural do município. Em depoimento, confessou o feminicídio e alegou que o disparo que atingiu a filha foi acidental.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil da Paraíba, que trata o episódio como feminicídio com tentativa de homicídio contra criança.
Por Patos Online
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