
A cidade de Cajazeiras, no Sertão paraibano, foi surpreendida na manhã desta sexta-feira (1º) com o anúncio do fechamento da agência do Banco Santander. A decisão pegou de surpresa funcionários e clientes, gerando forte repercussão e mobilização sindical. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Cajazeiras, Nelson Soares, sete trabalhadores foram demitidos repentinamente após a visita de um diretor da instituição, que entregou as rescisões contratuais.
Nelson classificou a medida como uma “maldade” e relatou que houve comunicação zero por parte do banco, resultando em comoção entre os colaboradores. “Alguns funcionários choraram ao saber que estavam sendo desligados sem aviso prévio. É revoltante”, lamentou o sindicalista durante entrevista ao programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão.
Além da unidade de Cajazeiras, a agência de Sousa também está na mira para encerramento das atividades, o que deixaria os clientes da região com a única opção de atendimento presencial a cerca de 150 km, na cidade de Patos.
Diante do cenário, o Sindicato dos Bancários já acionou sua assessoria jurídica, além de ter entrado em contato com o Sindicato dos Bancários da Paraíba e a Confederação Nacional dos Bancários. O objetivo é judicializar o caso para tentar reverter as demissões e evitar o encerramento da agência.
“Faço um apelo para que os clientes compareçam à frente do banco. Vamos realizar um manifesto. A população precisa tomar conhecimento do que está acontecendo”, convocou Nelson, que também pediu apoio das lideranças políticas da cidade.
A advogada Edilza Batista, representante jurídica do sindicato, conversou com os trabalhadores afetados e confirmou que não houve qualquer notificação prévia por parte do banco. “São pais e mães de família pegos de surpresa. Muitos dependem do plano de saúde da empresa para tratar seus filhos. É desumano”, declarou.
Além dos impactos sobre os funcionários, Edilza destacou que o encerramento da agência representa um prejuízo direto para a população local, especialmente idosos e aposentados que utilizam o banco para receber seus benefícios.
A jurista fez um alerta ainda mais amplo, chamando atenção para o processo contínuo de retirada de instituições públicas e serviços de Cajazeiras. “Já perdemos a Receita Federal, a Vara do Trabalho, a unidade da Polícia Rodoviária Federal. Agora, mais uma agência bancária. É hora da sociedade reagir”, cobrou.
Ela enfatizou que o fechamento do Santander é apenas mais um reflexo do abandono institucional que a cidade vem enfrentando, e conclamou a população e os representantes políticos a se mobilizarem:
“É preciso que os nossos deputados, vereadores e senadores olhem para Cajazeiras. Não se trata apenas de um banco, mas de um sinal de alerta sobre o futuro da cidade.”
Informações de bastidores indicam que o Santander está adotando uma política de reestruturação nacional, na qual pretende manter apenas agências em municípios com mais de 100 mil habitantes. A medida, segundo o sindicato, ignora a realidade regional e o papel social dos bancos em cidades de porte médio como Cajazeiras.
O Sindicato dos Bancários afirmou que continuará na luta jurídica e política para tentar impedir mais esse retrocesso. Manifestações públicas devem ser organizadas nos próximos dias.
Por Patos Online
Com informações do Diário do Sertão
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