Entre as vacinas testadas no Brasil, uma das mais adiantas em termos científicos e burocráticos é a de Oxford. Com a assinatura da medida provisória que garante o dinheiro da encomenda do antivírus, o país vê mais próxima a possibilidade de imunização.
Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindande, os testes de fase 2 da vacina mostraram eficácia próxima de 100% quando aplicadas duas doses.
“A vacina encontra-se na fase 3 de testes, coordenada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Tudo que temos acompanhado nos traz expectativas, especialmente porque os resultados da fase 2 de testes mostrou que a eficácia da vacina de Oxford é próxima de 100% com duas doses.”
Nísia diz que, apesar de não pode cravar uma data de quando a vacina estará disponível para a população, as primeiras remessas do medicamento chegam ao Brasil em dezembro e janeiro.
O acordo da Fiocruz com Oxford garante o envio da encomenda tecnológica da vacina para o Brasil, o que dará ao país independência para a produção do medicamento. Para Nísia, um dos grandes legados do acordo será a melhoria da estrutura do laboratório da Fiocruz de Bio-Manguinhos.
“Vamos investir na Bio-Manguinhos para estar aptos a ter essa nova tecnologia de vacina. É uma plataforma de futuro que estamos incorporando ainda em desenvolvimento.”
Ela conta que a Fiocruz está discutindo a entrada de outros investidores para melhorias de Bio-Manguinhos. “Estamos em discussão para um apoio da iniciativa privada para fortalecer a estrutura do laboratório para termos um legado permanente.”
(Edição: Sinara Peixoto - CNN Brasil)
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