O deputado estadual, Nabor Wanderley (PMDB) esteve representando a Assembleia Legislativa da Paraíba na Audiência Pública promovida pelo Ministério Público do Estado nesta terça-feira, dia 1°, no auditório do Hotel JK, em Patos, onde, juntamente com a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), Agência Nacional das Águas (ANA), prefeitos da região, vereadores, agricultores e sociedade civil, foi debatida a real situação dos mananciais e criada uma força tarefa para preservar o abastecimento de água no Sertão.
Nabor Wanderley avaliou que o evento é oportuno para termos prudência quanto à distribuição da água que resta nos mananciais que abastecem a região.
“Viemos aqui para ouvir como está sendo feito esse manejo da água. Nesse momento temos que ter o bom senso porque sabemos que a água de beber tem que ser prioridade, sabemos também que essa água tem que chegar ao Rio Grande do Norte para abastecer alguns municípios. Este é um momento crítico e muito difícil, mas estamos aqui para unir forças para construirmos um discurso para levarmos à população de que o cuidado está sendo feito para que essa água possa render o mais possível até o período chuvoso”, disse.
Já o procurador geral do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Bertrand de Araújo Asfora, explicou que a Audiência com as entidades teve o objetivo de fazer um relato da real situação da água. “Algumas medidas devem ser implementadas, onde precisamos reduzir, segundo orientação da ANA e o Comitê Bacias, a vazão e muito de que está saindo para uma localidade específica, a vazão equivale a atender inúmeros municípios, mas, vamos construir junto com os municípios a solução pra isso”, explicou.
Ainda de acordo com o promotor, o estado deverá adotar as medidas atribuídas pelo MPPB, e caso não seja atendida, o órgão vai entrar com quantas ações forem necessárias para garantir a água para o consumo humano na Paraíba.
Paulo Lopes Varela, Diretor da ANA, esclareceu que dois pontos foram debatidos no evento, a exemplo do cenário e do panorama, uma vez que a situação hídrica atual é crítica já que os mananciais estão abaixo da média, podendo sair de uma situação grave para uma gravíssima. “O que nós queremos trazer é exatamente um alerta e um panorama de como isso está, mais do que isso, queremos trazer também um roteiro, um caminho que queremos traçar para junto da sociedade atravessar esse período de 2016. A palavra de ordem é economizar água”, justificou.
Já o Diretor Presidente da Aesa, João Fernandes da Silva, destacou porque as águas de Coremas-Mãe D’Água-Sabugi devem ser preservadas.
“Coremas sempre alimentou o rio Piranhas/Piancó/Açu e Mãe D’Água ficava como uma espécie de reserva técnica porque é uma barragem que está numa posição estratégica que pode servir à própria Coremas e alimentar o rio quando a gente precisar dessa água, até porque a Transposição das Águas do Rio São Francisco se chegar no tempo prometido, em janeiro de 2017, ela não vem por Coremas e nem por Mãe D’Água. Ela vem por Engenheiro Ávidos/Lagoa do Arroz para pegar o Rio Piranhas. Por isso a gente tem que preservar as águas que nós temos aqui no sertão para uma necessidade eventual”, justificou.
Ainda participaram do evento a prefeita de Patos, Francisca Motta, o prefeito de Quixaba, Júlio César, prefeito de Maturéia, Daniel Dantas, o prefeito de Junco do Seridó, Cosmo Simões, o prefeito de Coremas, Antônio Carlos Cavalcanti, vereadores, agricultores e secretários de agricultura das cidades vizinhas.
Assessoria
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