Parece não ter limites as manobras da então máquina do Partido dos Trabalhadores – PT, visando encobrir os fatos e divulgar um país irreal, aceito apenas pela militância esquerdista, ou por alguns com viés socialista ou comunista em seu modo de pensar.
Nesta quarta-feira (25/05), ficou claro nas gravações divulgadas pelo Jornal Folha de São Paulo, que a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), tentou interferir na divulgação dos fatos, sobretudo na grande mídia, inclusive na poderosíssima Globo.
Veja o trecho da reportagem onde fica clara a tentativa de interferir em grandes veículos de comunicação, como Grupo Globo e Folha de São Paulo:
Em determinado momento da conversa, Sérgio Machado reclama da Globo, referindo-se à cobertura da Lava Jato, e, na conversa, Renan cita o nome de João Roberto Marinho, presidente do conselho editorial do Grupo Globo.
Sérgio Machado:"Agora, a Globo passou de qualquer limite, Renan.
Renan: Eu marquei para segunda-feira uma conversa inicial com [inaudível] para marcar... Ela me disse que a conversa dela com João Roberto [Marinho] foi desastrosa. Ele disse para ela... Ela reclamou. Ele disse para ela que não tinha como influir. Ela disse que tinha como influir, porque ele influiu em situações semelhantes, o que é verdade. E ele disse que está acontecendo um efeito manada no Brasil contra o governo.
Sérgio Machado: Tá mesmo. Ela acabou. E o Lula, como foi a conversa com o Lula?"
Em outro momento, Renan conta de novo o que ouviu de Dilma sobre a conversa com João Roberto Marinho: “O João [provável referência a João Roberto Marinho] com aquela conversa de sempre, que não manda, que não influencia, que hoje é muito difícil [...] Ela [Dilma] disse a ele: 'João, vocês tratam diferentemente de casos iguais. Nós temos vários indicativos'.
Em nota, João Roberto Marinho, explicou que, como disse o presidente do Senado, Renan Calheiros, é verdade que sempre que lhe pedem para interferir no noticiário a favor de um grupo ou de outro, a resposta é sempre a mesma: ele não pode mandar que se interfira nos fatos, pois um veículo de imprensa deve tudo noticiar livremente. Ele acrescentou que o compromisso do Grupo Globo é com a notícia e com o público. Acrescentou que essa sua resposta, gera desconforto, frustrações e, por vezes, afirmações descabidas, o que é compreensível, especialmente em momentos de crise.
Ainda na conversa, Renan relata a Sérgio Machado um encontro entre Dilma e Otávio Frias Filho, sócio e diretor de redação do jornal Folha de São Paulo.
Renan: Uma conversa muito ruim, a conversa com a menina da Folha... Com o Otavinho foi muito melhor. Otavinho reconheceu que tem exageros, eles próprios têm cometido exageros.
Esta foi a segunda conversa divulgada de Sérgio Machado com políticos do PMDB. Sérgio Machado é alvo de investigações na Lava Jato, mas ainda não responde inquérito formalmente no Supremo. Machado já foi citado por pelo menos três delatores: Paulo Roberto Costa, Delcídio do Amaral e Ricardo Pessoa.
A primeira conversa gravada e divulgada por Sérgio Machado foi com Romero Jucá. O resultado foi a exoneração de Jucá do Ministério do Planejamento. A delação premiada de Sérgio Machado deve ser homologada pelo ministro Teori Zavascki.
O senador Renan Calheiros disse que tem o hábito de receber todos aqueles que o procuram e que os diálogos não revelam, nem sugerem qualquer menção ou tentativa de interferir na Lava Jato.
A defesa de Sérgio Machado disse que os autos são sigilosos e por isso não vai se manifestar. Em nota, o PSDB informou que fica cada vez mais clara a tentativa de Sérgio Machado, que o partido considera criminosa, de envolver em suspeições o PSDB e o nome do senador Aécio Neves, sem apontar um único fato que a justifique.
A nota conclui dizendo que na referência ao diálogo entre os senadores Aécio Neves e Renan Calheiros, o senador Aécio manifestou o que já havia manifestado publicamente inúmeras vezes: a sua indignação com as falsas citações feitas ao seu nome.
A assessoria do Supremo Tribunal Federal informou que o presidente da corte Ricardo Lewandowski participou de encontros com integrantes do Poder Executivo para tratar do orçamento do Judiciário e do reajuste dos salários de servidores.
Procurado, o jornalista Otávio Frias Filho, diretor de redação da Folha, não vai comentar o caso.
Patosonline.com
Com informações do Jornal Hoje (TV Globo)
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