A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou hoje (12), em caráter emergencial, a produção da vacina Janssen, de dose única, da farmacêutica norte-americana Johnson & Johnson, para uso contra a covid-19. "Cada novo instrumento, seguro e eficaz, contra a covid-19 é mais um passo para controlar a pandemia", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
As duas vacinas anteriores aprovadas pela organização – a Pfizer/BioNTech e AstraZeneca/Oxford – requerem duas doses para completar o ciclo de imunização da população, sendo que a Pfizer precisa ser armazenada a temperaturas ultrageladas. Em contrapartida, a vacina Janssen pode ser guardada em geladeira comum.
Com a aprovação do imunizante pela OMS, a Janssen poderá fazer parte do Instrumento de Acesso Global de Vacinas contra a Covid-19, o Covax Facility, considerado estratégico para ampliar o acesso à vacinação e, ao mesmo tempo, acelerar o desenvolvimento e a fabricação de vacinas eficazes e de qualidade.
A OMS assegura que as vacinas contra a covid-19 que serão fornecidas por meio do acordo Covax atendem a rigorosos padrões internacionais de qualidade, segurança e eficácia. A vacina desenvolvida pela Johnson & Johnson poderá ser empregada em nível emergencial em todos os países. O consórcio fechou acordo para aquisição de 500 milhões de doses do imunizante contra a covid-19.
A porta-voz da OMS em Genebra, Margareth Harris, disse hoje que não há razão para deixar de usar a vacina AstraZeneca contra o novo coronavírus. O imunizante teria sido suspenso em alguns países nesta semana, por precaução, após relatos de efeitos colaterais significativos em algumas pessoas.
Margaret Harris assegurou que a OMS vai analisar todas as informações recebidas, mas adiantou que, no momento, não existem razões para a suspensão das doses.
A vacina AstraZeneca é considerada a principal vacina nessa etapa inicial do consórcio Covax. Até agora, já foram distribuídas, por esse acordo, 28,5 milhões de doses a 37 nações. Margareth informou, ainda, que a vacina da Sinopharm se encontra na etapa final do processo de listagem de uso de emergência da OMS.
Edição: Denise Griesinger / Agência Brasil
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