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Catingueira comemora 62 anos de Emancipação Política nesta segunda-feira (4)

Confira os fatos que marcaram a origem da cidade de Catingueira.

04/10/2021 às 11h03
Por: PATOS ONLINE Fonte: João Luis Gomes Fausto
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Créditos: Divulgação/ Ascom-PMC
Créditos: Divulgação/ Ascom-PMC

Em memória dos 62 anos da instalação do município de Catingueira, recorda-se neste 4 de outubro, um episódio histórico ocorrido neste mesmo dia em 1959, na cidade “Portal do Vale do Piancó”. 

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Com uma participação expressiva para a época, cerca de 3 mil pessoas aguardavam ansiosas a comitiva do governador que era se faria acompanhar pelo primeiro bispo da Diocese de Patos, Dom Expedito Eduardo de Oliveira, entre outras tantas autoridades a exemplo dos deputados José Gayoso e Francisco Souto Neto, secretário Dr. Elzir Nogueira Matos, do Cel. Calisto, Chefe da Casa Militar do Governo e do prefeito eleito de Piancó, Paulo Montenegro Pires.

Na tarde daquele domingo festivo, era anunciada às 15h com uma salva de 21 tiros, a presença do excelentíssimo governador da Paraíba, Dr. Pedro Moreno Gondim, para a solenidade de instalação do município de Catingueira e posse de seu primeiro prefeito, Baziliano Lopes Loureiro, popularmente conhecido por “Major Badú”, nomeado para o cargo aos 9 dias do mês anterior.

Às 15h30, foi inaugurado o serviço de luz elétrica que custou ao Estado quase 1 milhão de cruzeiros, tendo ligado as chaves o governador Pedro Gondim. Também foram inauguradas as instalações da Prefeitura Municipal, com a fita simbólica cortada pela Srª. Terezinha Gayoso, esposa do deputado José Gayoso e a sede da Coletoria Estadual pelo bispo Dom Expedito.

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Confira os fatos que marcaram a origem da cidade de Catingueira:

O vocábulo Catingueira, utilizado para a nomeação do atual município, tem suas origens consolidadas na existência de uma grande árvore, de mesma denominação, que encontrava-se nas proximidades da estrada, que servia de abrigo para os viajantes. Presumivelmente, eram vaqueiros que refugiava-se do forte sol e das chuvas decorrentes as exaustivas buscas aos animais desaparecidos, do mesmo modo em que os tropeiros que transportavam mantimentos e outros produtos, interligando a região com o restante da Província da Parahyba.

A colonização da área territorial de Catingueira, datada em 27 de outubro de 1738. Sucedeu-se quando o Ajudante Pedro Velho Barreto adquiriu um Sítio de Terras chamado Serra no valor de quinhentos e cinquenta mil réis na qual o capitão-mor João de Miranda como procurador do governante da Casa da Torre da Bahia, Coronel Francisco Dias d’Ávila e de sua mulher Dona Catharina Francisca Correa de Aragão e de sua mãe Dona Ignacia de Araújo Pereira, proprietários de quase todo o nordeste brasileiro. A viúva de Pedro Velho, a Sra. Joanna Maia Martins, requereu as sesmaria o título de posse das terras, que foi concedido em carta em 28 de abril de 1757.

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Em 1862, ano em que corresponde ao segundo surto epidêmico de Cólera (Cholera Morbus) na Província da Parahyba. O clima era de inquietação e medo, pois a província vivera em 1856 o primeiro grande surto epidêmico da doença que de tão danoso, dizimou parte significativa da população em diversas regiões. Nesse período onde todos estavam apreensivos, a Sra. Ana Joaquina da Silva, juntamente com seu esposo Manuel Luiz de Abreu e seus filhos fizeram uma promessa a São Sebastião para que Catingueira fosse desviada do temeroso mal, e se assim ocorresse doariam uma área da terra e construiria uma Capela em honra ao Santo Protetor. Ana Joaquina teve sua prece atendida, pois a moléstia chegou até o Sítio Cabaças, município de Santa Terezinha, continuou pelo Sítio Marrecas, município de Emas, desviando-se do ponto pleiteado.

A estruturação do patrimônio de São Sebastião, teve seu início datado em 15 de setembro de 1873, quando o Tabelião Público da Vila de Piancó,  Amélio Antonio Marinho Cesar, se fez presente no Sítio Sabão, Distrito de São Sebastião de Catingueira, para que a Sra. Ana Joaquina da Silva, João Luiz de Abreu, Benedito Alves de Abreu e Fridrié Rodrigues de Souza, viúva e herdeiros de Manuel Luiz (falecido em 1870), que de mansa e pacífica posse, registraram a doação em terras feitas para a criação de tal patrimônio.

Conforme alguns pesquisadores apontam, Ana Joaquina teria falecido no primeiro trimestre de 1875, e temia parecer sem antes construir a capela, foi quando pediu ao seu filho, João Luiz de Abreu, que pagasse a última parte da promessa junto com sua esposa, Felismina Maria do Amor Divino, e seus familiares. Entretanto, fontes impressas identificam sinais consistentes que a capela teria sido construída anos antes, enquanto Manuel Luiz ainda estaria vivo e comandando "os Abreus". A partir daí, registra-se a presença do Padre José Jácome de Fontes Rangel, que foi convidado para lançar a pedra fundamental para a construção da capela e do antigo cemitério que localizava-se por trás do templo, hoje "Praça da Matriz".

Desse modo, foi dando continuidade ao povoado de Catingueira. Em 24 de fevereiro de 1886, após a devoção ao santo protetor ser propagada por toda a região, várias pessoas fizeram doações em terras ao patrimônio de São Sebastião, entre elas destacam-se: Nicoláo Lopes da Silva, Silveria Maria da Conceição, Jeronymo Lopes da Silva, Izidora Maria da Conceição, Coronel Firmino Ayres de Albano Costa e Dinamérica Ayres Albano de Souza.

A economia catingueirense do século XIX, apresentava uma formação voltada ao comércio local com apenas itens de consumo básico, sem pretensões de avanço notável de produção de para a região do Piancó e das Espinharas. Segundo fontes documentais, "a vida da região era o gado a proliferar vantajosamente nos campos, domínio principal da família Pedro Firmino", como relata o escritor paraibano, Celso Mariz, ao escrever sobre a Catingueira no Jornal O Norte. Dentro desta ótica, o paraibano revela em suas publicações, que após a seca de 1898, o sertanejo percebeu a resistência do algodão e implantou essa cultura na localidade e os resultados não poderiam ser diferentes, o progresso iminente. 

Salienta-se que dada as circunstâncias, em 1904, o Coronel José Parente Filho, perseguido pelas secas intensas e brutais que assolavam o planalto da Borborema, decidiu alojar seus rebanhos nos campos que possuía e escolheu as terras de São Sebastião para estabelecer maquinas a vapor e comércio, facilitando o beneficiamento e o tráfego aos algodoais da ribeira. O povoado pareceu avivar-se definitivamente, casas surgiram, as feiras aumentaram, a sociedade alegrou-se, um movimento novo descende da iniciativa do Coronel Parente, visionário que ficou perdido na história.

Um dos principais incentivadores do desenvolvimento da povoação de Catingueira, foi o coronel Firmino Aires Albano da Costa (filho do patriarca Pedro Firmino da Costa), que elegeu-se deputado provincial e ocupou uma cadeira na Assembleia Legislativa, em duas legislaturas seguidas entre os anos 1886-1889. Nesse período, por força da Lei Provincial nº 386, de 9 de setembro de 1887, a povoação de Catingueira tornou-se sede de um Distrito de Paz e como termo judiciário da Comarca de Piancó, manteve a denominação de povoação de São Sebastião da Catingueira, até 23 de julho de 1890, quando passou a denominar-se de povoado do Jucá (Decreto nº 27). Ainda com o nome de Jucá. Catingueira foi declarada Vila, através do Decreto 1.010, de 30 de março de 1938, em conformidade com o Decreto-Lei Federal 311, de 2 de março daquele mesmo ano. Finalmente, em 15 de novembro de 1938, com base no Decreto 1.164, que fixou o quadro da divisão territorial, administrativa e judiciária do Estado, foi restaurada a denominação de Catingueira, pertencendo muitos anos ao município de Piancó.

A elevação à categoria de cidade veio em decorrência da Lei 2.144, de 15 de junho de 1959. O autor do ante-projeto, que levou o número 204, foi o deputado José Afonso Gayoso e Sousa. Na solenidade de sanção do Governador Pedro Moreno Gondim, estiveram presentes, além do parlamentar que tomou a iniciativa, as seguintes personalidades: Dr. Elzir Matos-Secretário das Finanças, Plácido Lopes, Epitácio Brunet, Brasiliano Lopes Loureiro, Severino Ramos, Cesário Brandão, Marcos Gayoso Nogueira e Dr. João Costa. A instalação do município se deu em 04 de outubro do mesmo ano como anteriormente mencionada.

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João Luis Gomes Fausto

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