A Câmara Municipal de Patos sediou, na noite de ontem, uma audiência pública dedicada à discussão do Programa Família Acolhedora, uma política pública de extrema relevância voltada à proteção e ao cuidado de crianças e adolescentes afastados temporariamente do convívio familiar.
A iniciativa foi proposta pelo Ministério Público da Paraíba, por meio do Promotor de Justiça Dr. Caio Rodolfo Iamamura, titular da Vara da Infância e Juventude, e contou com a presença de diversas autoridades e profissionais comprometidos com a defesa da infância e da juventude, entre eles: Helena Wanderley, Secretária Municipal de Desenvolvimento Social; Kézia Naara, Coordenadora do Programa Família Acolhedora; Adeliana Coutinho, Psicóloga do Programa; José Luciano Vieira, Psicólogo do Tribunal de Justiça (NAPEN); e Ivomar Teixeira, Representante do Conselho Regional de Psicologia.
Durante a audiência, a vereadora Nadigerlane Rodrigues (Nadir) compartilhou sua experiência como família acolhedora, abordando com sensibilidade os desafios e as alegrias de vivenciar essa missão. Em sua fala, destacou a urgência de fortalecer o programa e de incentivar mais famílias a participarem dessa rede de amor e cuidado:
“Infelizmente a sociedade ainda não despertou para a emergência. A causa da criança e do adolescente é uma emergência.”
Ao relatar sua vivência, a vereadora emocionou os presentes ao descrever o impacto pessoal e coletivo do acolhimento:
“O benefício de ser família acolhedora não é só para a criança, é para mim também. Mas eu quero que seja para ela. Por que o problema da sociedade, é ter medo. Muita gente chega para mim e diz assim: ‘eu tenho medo de me apegar’ e eu respondo: ‘Mas você tem que se apegar mesmo’ o que as crianças precisam é de amor. Então é pra se apegar mesmo. Por que existe uma equipe capacitada que fica lhe visitando mensalmente e se precisar vai mais de uma vez ao mês, e essa equipe da uma grande suporte e nos prepara para a hora que a gente tiver que se despedir. Ninguém está preparado pra isso. Estamos preparados pra amar. E vamos vivendo um dia de cada vez.”
O encontro foi marcado por reflexões profundas acerca da importância da afetividade no desenvolvimento infantil e do papel essencial da sociedade na garantia dos direitos das crianças e adolescentes.
A audiência pública reafirmou o compromisso das instituições e da comunidade em fortalecer a rede de proteção à infância, consolidando o diálogo intersetorial e promovendo uma cultura de acolhimento baseada no amor, na empatia e na responsabilidade social.
Assessoria
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