Agentes públicos de municípios do interior podem estar envolvidos com esquemas criminosos de fraudes a licitações e desvios de recursos federais. A informação foi repassada na manhã desta quinta-feira (09) pela Polícia Federal. O órgão desencadeou a Operação Bleeder, com o cumprimento de três mandados de busca e apreensão nas cidades João Pessoa e Patos, na Paraíba e Juazeiro do Norte, no Ceará.
Em entrevista ao Portal MaisPB, o delegado Guilherme Torres não descartou a possibilidade de pedir prisão de envolvidos.
“Se houver elementos para pedido de prisão temporária, será feito. A gente não dá detalhes se é político, ou não é. Mas, o que a investigação aponta é que há servidor público envolvido, agente público em geral. A gente pode dizer que há início de agente público envolvido”, afirmou.
Operação Bleeder
A operação de hoje visa, além de ressarcir ao erário os valores pagos indevidamente, apurar a utilização de laranjas na constituição de empresas que eram usadas para executar as obras públicas.
A investigação teve início a partir das informações obtidas no âmbito da Operação Recidiva, realizada em conjunto pela Polícia Federal, Controladoria-Geral da União – CGU e Ministério Público Federal, que visou combater esquemas criminosos de fraudes a licitações e desvios de recursos federais em municípios do interior paraibano, relativos à execução de obras de construção civil.
Com informações obtidas na Recidiva, foram realizadas fiscalizações e levantamentos de dados envolvendo execuções de obras de açudes e barragens em municípios da Paraíba, sendo detectadas, dentre outras irregularidades, indícios de fraudes licitatórias, direcionamentos de contratos, contratações de empresas sem capacidade operacional, execução de obras de má qualidade e existência de sobrepreço e superfaturamento.
Conforme levantamento feito pela CGU, as obras investigadas totalizam, aproximadamente, R$ 79 milhões, tendo sido constatados indícios de sobrepreço e superfaturamento nos montantes de R$ 13,3 milhões e 8,2 milhões, respectivamente. Os investigados responderão pelos crimes previstos nos artigos 89, 90 e 96 da Lei nº 8.666/93 (visto que cometidos antes do advento da lei 14.133/21), artigos 317 e 333 do Código Penal Brasileiro, art. 2º da Lei nº 12.850/2013 – Lei de Organização Criminosa, além de outros que venham a ser descobertos no bojo da investigação.
O nome da operação – Bleeder – vem do termo em inglês que significa aquele que provoca um sangramento, em alusão ao fenômeno da sangria dos açudes públicos e à sangria dos cofres públicos, cujos recursos foram desviados pela organização criminosa.
Fonte: MaisPB
Coação STF tem maioria para tornar Eduardo Bolsonaro réu por coação
Redução Donald Trump reduz tarifas que atingem café, carne bovina e frutas
Reconhecimento Através de proposição da vereadora Brenna Nóbrega, Câmara de Patos concede voto de aplausos a policiais por prisão em flagrante
TURISMO Cacimba de Areia recebe o certificado e agora faz parte do Mapa do Turismo Brasileiro
Agenda Vereador Junior Contigo participa da inauguração do CEI Alzira Morais da Nóbrega em Patos
Polêmica Deputado Eduardo Carneiro propõe revogação de lei que libera entrada de alimentos e bebidas em cina, parques e eventos na Paraíba Mín. 22° Máx. 36°